28 de abr de 2015
Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada neste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas no comércio varejista voltaram a cair em fevereiro de 2015. Nacionalmente, o volume de vendas apresentou uma retração de 0,1% em relação a janeiro. Em comparação com o mesmo mês do ano anterior, a queda registrada é de 3,1%, o pior resultado desde agosto de 2003. Para Minas Gerais, observa-se comportamento semelhante, com retração de 1,1% em relação ao mês anterior e -5,2% sobre igual mês de 2014. Em ambos os casos, as maiores quedas ficaram a cargo dos setores de combustíveis e lubrificantes e de veículos, motocicletas, parte e peças.
Para o economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, vários fatores influenciaram esse fraco resultado do comércio varejista. “Podemos destacar a desaceleração no mercado de trabalho; a queda no poder de compra decorrente da alta taxa de inflação e do recuo na massa de rendimento dos consumidores; além dos altos juros que resultam em maior restrição ao crédito. Temos ainda o ‘efeito calendário’: o Carnaval reduzindo o número de dias úteis em fevereiro, a retirada de incentivos por parte do governo (IPI dos automóveis e linha branca) e o aumento dos preços dos administrados (gasolina, energia)”.
Com esse cenário adverso, segundo Almeida, o empresário precisa fazer uma releitura do seu negócio e adaptar-se à situação. Deve procurar inovar, buscando sobressair e atrair os consumidores com bom atendimento, mix de produtos ou canais de vendas com novos formatos e tecnologias.