25 de jul de 2018
O pagamento à vista é o meio mais utilizado pela população do país. É o que mostra a pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”, realizada este ano pelo Banco Central do Brasil. Em uma questão de múltiplas respostas, 96% dos entrevistados demonstraram preferência pela aquisição de produtos e/serviços em espécie, índice seguido pelo cartão de débito (52%) e cartão de crédito (46%).
A análise considera, entre outros fatores, a percepção dos consumidores e do comércio sobre a conservação das cédulas, formas de armazenagem e transporte do dinheiro, meios de pagamento e elementos de segurança.
O economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, ressalta que o pagamento à vista é uma vantagem para o fluxo de caixa do empresário do comércio. “A maioria das lojas adquire os produtos à vista ou em poucas parcelas, mas realiza a venda em diversas prestações, gerando um descompasso entre pagamentos e recebimentos.”
Em contrapartida, é preciso se atentar ao comportamento dos clientes e se planejar para oferecê-los mais modalidades de pagamento. “O empresário deve avaliar, principalmente, o impacto das escolhas no fluxo de caixa, considerando taxas, prazos e segurança no recebimento”, salienta.
Poupança ‘caseira’
A pesquisa também revelou que 19% da população reserva moedas por mais de seis meses. Desse índice, 56% usam o dinheiro guardado no ‘cofrinho’ para fazer compras e quitar dívidas. Segundo o economista da Federação, guardar o dinheiro em casa é uma estratégia pouco vantajosa, pois a medida é arriscada e não rende juros. “Reservar o dinheiro em casa também é uma desvantagem na hora de obter crédito ou financiamento. Quem mantêm um histórico positivo com bancos pode garantir vantagens no momento de solicitar uma ajuda financeira”, pontua.
Procedimentos de segurança
A pesquisa avaliou ainda o conhecimento da população sobre as medidas de segurança para o combate às fraudes em cédulas. A marca-d’água é o item mais conhecido pelos brasileiros, seguido pelo fio de segurança e pela textura da nota. Já no comércio, a espessura do papel é o item mais utilizado para reconhecimento de uma nota verdadeira, em 48% dos casos, seguido pela cor diferente das notas, com 17%, e pela ausência de marca d’água, com 12%.
A análise do Banco Central apontou que o hábito de verificar a autenticidade da nota está diretamente relacionado ao seu valor. Apenas 9% dos entrevistados declararam verificar sempre a veracidade das cédulas de R$ 2,00. No caso de notas de R$100,00, o percentual ultrapassa 43%.
Acesse, na íntegra, a pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”, do Banco Central