31 de out de 2014
Acabaram as eleições, mas ainda permanecem as dúvidas sobre o impacto que o período eleitoral gera na economia e no dia a dia das empresas. Afinal, qual a relação? Por que esse período sempre gera receio e instabilidade, tanto nos empresários, quanto nos consumidores? Separamos abaixo algumas considerações sobre o tema:
Durante o período que antecede as eleições o clima de instabilidade toma conta dos investidores, que diminuem o ritmo, causando o desaquecimento da economia, a diminuição das contratações.
Antes das eleições, os índices apresentavam flutuações positivas ou negativas, de acordo com as pesquisas de intenções de votos, principalmente pela diferença de propostas apresentadas pelos dois candidatos que concorreram no segundo turno. Quanto maior a competição, maior a sensação de instabilidade na economia. Independentemente do presidente eleito, a tendência é, agora que as eleições foram definidas, de que haja uma estabilidade desse cenário e, consequentemente, uma previsão mais assertiva sobre o futuro. No cenário anterior, a incerteza sobre quem tomaria posse travava novos investimentos e retraia o mercado.
A recomendação para quem deseja investir em novos negócios durante as eleições é cautela. O ideal é analisar qual será a viabilidade do seu negócio após a estabilização da economia.
Para Lucas Radd, consultor da WG Finanças Pessoais, existem três perfis de público afetado durante o período eleitoral:
O investidor: que é diretamente afetado pela possibilidade do candidato que oferece melhores perspectivas para o mercado corporativo e financeiro ganhar as eleições. Exemplo disso é a volatilidade observada nas ações da Petrobrás no último mês.
O endividado. A instabilidade causada pelas eleições e o receio com a diminuição do crédito e do aumento do desemprego deixam o endividado com medo do futuro. As eleições podem significar mudanças na política e na economia e, com isso, a estabilidade financeira e empregatícia ficam ameaçadas.
Consumidor: As especulações e boatos que acontecem durante as eleições podem afetar, de várias maneiras, tanto no aumento do consumo quanto na diminuição brusca das compras.
O cenário econômico, independentemente do resultado das eleições, não é promissor. A dobradinha inflação alta + PIB baixo é difícil de ser remediada. Além disso, as contas públicas, desequilibradas, possuem limitações, o que torna difícil a resolução do problema. Um aquecimento do mercado internacional pode impactar positivamente a economia brasileira. Mas a inadimplência do brasileiro e o desemprego que vem aumentando também mostram que o consumo deverá continuar reduzindo.
Fonte: Lucas Radd – Consultor de Finanças pessoais da WG Finanças e site Organizze