Consumo cai, mas melhora nos índices de emprego geram otimismo em BH

7 de jul de 2022

Dados da Fecomércio MG indicam que 61,8% dos consumidores estão comprando menos em comparação ao ano passado

O mês de junho foi de cautela para a maioria dos consumidores de Belo Horizonte. Segundo a edição regional da pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pelo setor de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG), 61,8% dos entrevistados afirmaram que a família está comprando menos em comparação ao ano passado. O índice de nível de consumo assumiu o valor de 51,4 pontos, resultado 0,6 pontos inferior ao obtido na última análise.

A perspectiva de consumo também teve queda no período. O índice assumiu, nesta avaliação, o valor de 71,1 pontos, redução de 2,8 pontos em relação aos 73,9 obtidos na última análise. Já 45,4% dos entrevistados avaliam que, nos próximos meses, irão consumir menos do que no segundo semestre do ano passado. O pessimismo é maior entre os consumidores com renda inferior a dez salários mínimos.

Apesar da redução desses indicadores, a Intenção de Consumo apresentou um aumento de 0,9 pontos no geral. Em nível nacional, o índice superou os resultados apresentados em junho de 2020 e 2021, durante o auge da pandemia de Covid-19. Segundo a pesquisa feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o indicador apresentou crescimento em todos os meses de 2022, alcançando 80,2 pontos neste mês, acumulando um avanço de 10,1% no primeiro semestre do ano.

“Pode-se atribuir a melhora dos índices à retomada das atividades de entretenimento e turismo. Com o fortalecimento desses segmentos, aumentou a necessidade de mão de obra após um longo período amortecido. Essa retomada nas contratações e aumento do número de empregos formais faz com que as famílias se sintam mais seguras em relação ao emprego atual, permitindo que a perspectiva profissional delas melhore”, avalia o analista de pesquisa da Fecomércio MG, Devid Lima da Silva.

Segundo o ICF, 28% das famílias sentem-se mais seguras no trabalho em relação ao mesmo período do ano passado. O índice de emprego atual assumiu, nesta avaliação, o valor de 110,2 pontos, resultado 3,2 pontos superior aos 107 observado no mês anterior. O índice de perspectiva profissional também obteve um aumento significativo. 41,1% dos entrevistados acreditam que o responsável pelo domicílio terá alguma melhora profissional nos próximos seis meses, crescimento de 2,8 pontos em relação ao mês anterior (38,9 p. p.).

Confira, na íntegra, a pesquisa “Intenção de Consumo das Famílias (ICF) – Junho de 2022”

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