17 de nov de 2022
Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Fecomércio MG, aponta aumento de 1,5 pontos percentuais
Após dois meses de queda, o nível de endividamento dos belo-horizontinos voltou a subir. Em outubro, 87,2% dos consumidores estavam endividados na capital mineira, com 1,5 pontos percentuais (p.p.) superior ao último mês. Os dados são da edição regional da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e apurada pelo núcleo de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG).
De acordo com o estudo, se comparado com o mesmo período do ano passado, o endividamento apresentou uma retração de 1,4 p.p. “A retomada do mercado de trabalho e a queda da inflação, observada nos últimos meses, acrescida as políticas de transferência de renda asseguradas pelo governo federal, aumenta a renda disponível das famílias, desacelerando assim o crescimento do endividamento se comparado com o mesmo período do ano anterior.”, destaca a economista da Fecomércio MG, Gabriela Martins.
Entre os tipos de dívidas, o cartão de crédito segue sendo o principal compromisso financeiro assumido. O cartão de crédito é conhecido pela sua facilidade no uso, fazendo com que as pessoas acabem fazendo suas compras do dia a dia com essa modalidade de crédito. Esse comportamento resulta em 85,3% dos endividados comprometidos com esta modalidade. O carnê (19,0%) e o cheque especial (15,4%) também estão entre as formas mais utilizadas.
O levantamento apontou ainda que as dívidas comprometem, em média, 32,0% da renda familiar, e o número de consumidores que não terão condições de quitar suas dívidas somou 13,7%, apresentando uma retração de 1,0 p.p. em comparação com o mês imediatamente anterior. Grande parte dos endividamentos possuem um tempo médio de comprometimento da renda de aproximadamente sete meses.
“É imprescindível que as famílias tenham controle dos gastos mensais para não perderem o controle das contas e acabarem na inadimplência. Mas, no caso das famílias já inadimplentes, é necessário que haja um manejo das dívidas, sempre trocando os compromissos mais caros (com maior taxa de juros), por compromissos mais baratos (com menor taxa de juros)”, finaliza a economista da Fecomércio MG.
Confira abaixo a pesquisa completa:
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