21 de fev de 2020
No Brasil, a cada 60 minutos cerca de cinco pessoas vão a óbito por se envolverem em acidentes de trânsito. Situações que, conforme levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), já deixaram mais de 1,6 milhão de feridos nos últimos dez anos. Pensando em promover uma mudança nesse cenário, foi lançada a Frente Parlamentar em Defesa da Educação no Trânsito e Formação de Condutores, na Câmara dos Deputados, na última semana (11/02).
Na ocasião, o diretor da Fecomércio MG e presidente do Sindicato dos Proprietários de Centros de Formação de Condutores do Estado de Minas Gerais (Siprocfc-MG), Alessandro Dias, ressaltou a importância de trabalhar no aprimoramento dos condutores e alertou para a discussão dos projetos de lei nesta área. “Hoje, temos um discurso onde se quer ampliar o acesso à habilitação, mas essa facilitação requer uma série de exigências. Desta forma, é necessário discutir esses projetos para que o país não sofra, ainda mais, com os altos índices de acidentes.”
Reforçando o tema, também participaram os dirigentes de sindicatos de proprietários de centros de formação de condutores do Brasil, além de deputados federais e senadores. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é parceira da iniciativa e apoiou a formação da frente, por meio das Federações do Comércio dos Estados e seus sindicatos relacionados. A Divisão de Relações Institucionais (DRI) também acompanha o tema, em caráter prioritário, com projetos de lei que tramitam nas comissões.
Como requerente, o deputado Abou Anni (PSL-SP) coordenará a frente composta por 198 parlamentares. Para ele, a educação é a resposta para reduzir o número de mortes e as autoescolas são essenciais para esse processo. Além disso, criticou a Resolução nº 730/18, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que estabeleceu regras para cursos a distância. “Esse método consolida a precarização do ensino. Existem muitas fraudes na aplicação prática dos cursos a distância, formando condutores despreparados”, pondera.