18 de mar de 2016
Em 2015 foram registrados 1,6 milhão de casos de dengue no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. No mesmo ano ocorreram 863 mortes por causa da doença, número recorde. Em 2016, somente em fevereiro, foram diagnosticados 7.296 casos. Em virtude dessas ocorrências, a Fecomércio MG criou uma campanha de conscientização envolvendo colaboradores, empresários e Sindicatos. “O foco é disseminar informações sobre os riscos do Aedes aegypti, aumentar o conhecimento das pessoas sobre os diversos criadouros do mosquito e reforçar a importância do envolvimento de todos para combatê-lo”, explica a assessora administrativa e política da Presidência da Fecomércio MG, Kelly Magna.
O mosquito, originário do Egito, é um velho conhecido dos brasileiros, com os primeiros registros no século 20. Nessa época, a maior preocupação era outra doença que ele transmite: a febre amarela. Em 1950 ele foi erradicado, mas reapareceu nas décadas de 1960 e 1970, sendo, atualmente, responsável por transmitir a dengue, a febre chikungunya e o zika vírus.
As doenças também apresentam alguns sintomas semelhantes, o que pode dificultar o diagnóstico. No caso da dengue, os principais sinais são: febre, dores no corpo, de cabeça e nos olhos, falta de ar, manchas na pele e indisposição. Em casos mais graves, pode provocar hemorragias. Já na febre chikungunya, a principal diferença são as inflamações nas articulações, gerando fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e sensação de queimação no local. O zika vírus causa sintomas mais leves, entre eles febre baixa, olhos avermelhados e coceira. A maior preocupação é a associação do vírus com outras doenças, como a microcefalia, condição neurológica em que a cabeça e o cérebro da criança ficam menores.
De acordo com a diretora da Sociedade Mineira de Infectologia, Tânia Marcial, ainda não se sabe de forma precisa como o zika e a chikungunya atuam no organismo humano. “Como os estudos sobre as duas doenças ainda estão em andamento, pouco se sabe o que ela pode causar para o organismo ou mesmo se uma pessoa pode ser acometida pelo vírus mais de uma vez. Por isso, é extremamente importante implementar ações de prevenção, como adotar o uso de repelentes e combater o mosquito”, afirma.
A maior dificuldade em erradicar o Aedes aegypti está na sua capacidade de sobrevivência à vida urbana. O mosquito é capaz de fazer criadouros em locais pequenos com água parada. Além disso, os ovos são capazes de eclodir mesmo após 450 dias sem nenhum líquido. Outra facilidade de procriação do mosquito é que ele não exige água limpa para sobreviver. Diante disso, é preciso que a população se conscientize sobre os riscos e a importância da adoção de medidas para erradicar o Aedes aegypti. Faça sua parte!