4 de dez de 2017
A economia brasileira voltou a dar sinais de recuperação. É o que mostra o resultado das Contas Nacionais Trimestrais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Após altas de 1,3% e de 0,7%, no primeiro e no segundo trimestres, respectivamente, o PIB expandiu 0,1% no período de julho a setembro, frente ao trimestre imediatamente anterior. Com isso, a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país chegou a R$ 1,641 trilhão.
Pela ótica da produção, os impactos positivos vieram da indústria e dos serviços, cujos desempenhos acumularam expansões de 0,8% e 0,6%, nesta ordem. A agropecuária, por sua vez, responsável pelos excelentes desempenhos dos dois primeiros trimestres, registrou recuo de 3%.
Na ótica da despesa, é possível observar o aumento na demanda familiar (1,2%), enquanto que as despesas do governo decresceram 0,2%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBFC), indicador que mensura os investimentos produtivos, expandiu 1,6% em relação ao segundo trimestre. No setor externo, tanto as exportações quanto as importações apresentaram aumento: 4,1% e 6,6%, respectivamente.
O economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, ressalta que o resultado consolida a mudança de direção na conjuntura econômica. “Estamos acompanhando uma evolução nos principais indicadores macroeconômicos, com destaque para a inflação, a taxa de juros e, principalmente, o emprego. Essa expansão na atividade econômica reforça a percepção de melhora”.
O economista destaca também as medidas microeconômicas no recorte para o setor terciário. “Quando analisamos os números do setor de serviços, detectamos claramente a influência do comércio varejista e atacadista, que cresceu 1,6%. Essa alta se sustenta também em medidas adotadas no período, como a liberação das contas inativas do FGTS”.
Na comparação trimestral, isto é, frente ao mesmo trimestre do ano anterior, o PIB expandiu 1,4%. Nessa base, todos os setores produtivos apresentaram evolução, com destaque para a agropecuária (9,1%) e os serviços (1%). Na composição dos subsetores, destaque para a expansão do comércio (3,8%), da indústria extrativa (2,4%) e de transformação (2,4%), das atividades imobiliárias (2,1%) e dos transportes (1,9%).