28 de jun de 2016
Estudo publicado pela Fundação João Pinheiro (FJP) mostrou que Minas Gerais continua sentindo os efeitos da crise econômica. De janeiro a março de 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) estadual recuou 0,6% frente aos três últimos meses de 2015. Quando a base de comparação é o mesmo período de 2015, a retração foi de 5,6%, computando a oitava taxa negativa seguida.
Segundo o estudo, o fraco desempenho do setor industrial foi o maior responsável pela queda apresentada (-4,2% frente ao quarto trimestre de 2015). De acordo com a FJP, tal desempenho está relacionado ao resultado negativo da indústria extrativa mineral (-5%), de transformação (-2,2%) e construção civil (-1,9%). “Além de sofrer com a conjuntura, a indústria sofreu com fatos imprevistos, como o acidente com a barragem em Mariana, que continua a comprometer a atividade extrativa no Estado. A construção civil, por sua vez, segue afetada pelo grande estoque de unidades residenciais prontas e pela restrição de crédito às famílias”, avalia Guilherme Almeida, economista da Fecomércio MG.
A recessão atingiu também o setor de serviços. Com recuo de 0,2%, ele foi afetado pelo fraco desempenho dos serviços de alojamento, alimentação, informação e comunicação, entre outros. Frente aos três primeiros meses de 2015, o recuo foi de 3,3%. “O setor atua na ponta da cadeia produtiva, por isso é fortemente influenciado pela deterioração dos indicadores relacionados ao emprego e à renda. O avanço do desemprego, da inflação, o recuo da renda e a restrição do crédito deixaram o consumidor mais cauteloso, gerando impacto negativo na prestação de serviços e no comércio”, pontua Almeida.
O comércio estadual recuou 8,8% no primeiro trimestre de 2016, frente ao mesmo período de 2015. Em relação ao último trimestre de 2015, o subsetor apresentou elevação de 0,3%. A agropecuária, por sua vez, expandiu 13,6% e 7,2%, nas duas bases comparativas, respectivamente.
Confira o relatório na íntegra neste link.