18 de dez de 2018
Há pelo menos 40 anos, Haruji Miura, 91 anos, realiza sua missão pelo Brasil: deixar o país ainda mais colorido. Ele trouxe para Minas Gerais a árvore símbolo do Japão, a cerejeira, que significa vida, e conseguiu fazer com que a planta se habituasse ao clima tropical. O Sesc Ouro Preto, localizada na cidade de Ouro Preto, e o Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte, foram escolhidas para receberem algumas mudas de cerejeira presenteadas pelo Sr. Miura.
O presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac, Lúcio Emílio de Faria Júnior, o diretor regional do Sesc em Minas, Grijalva Duarte, e Haruji Miura plantaram as mudas na sexta-feira, dia 14/12. “Meu pai veio do Japão com a família em 1913. Nessa época, vieram mais imigrantes que foram recebidos muito bem pelo povo brasileiro. Como forma de agradecimento e para trazer mais alegria e beleza para o país eu iniciei o plantio da cerejeira, na década de 1960. Também fiquei encantado com Minas por ser muito verde e pensei que ficaria ainda mais bonita colorida com a flor de sakura”, explica.
Assim iniciou o seu projeto, plantando as primeiras mudas no Morro do Chapéu, onde reside. Após alguns anos, com o florescer das árvores, ele ficou conhecido no país. “Já enviamos mudas para praticamente todos os Estados. Entre eles, Rio Grande do Sul, São Paulo, Pernambuco e Amazonas. É uma honra as unidades do Sesc também abraçarem o meu sonho”, conta orgulhoso.
O presidente do Sistema diz que ficou encantado com o projeto de Miura. “As floradas das cerejeiras complementam a proposta da entidade que, além de oferecer aos visitantes um ótimo local para descanso e atividades de lazer, conta com as paisagens únicas das nossas Minas Gerais”, afirma Lúcio Emílio.
Intercâmbio
O projeto de Haruji Miura é ainda mais audacioso. Ele também envia mudas de ipê, árvore típica do Brasil, para o Japão. “Existe um grande desafio dessas plantas sobreviverem por causa do clima do extremo oriente ser bem diferente daqui, principalmente quando neva”, diz.
Ainda com os entraves, Miura afirma que continuará enviando os ipês com a esperança de um dia ver o Japão com as cores tipicamente brasileiras.