23 de fev de 2016
De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas no comércio varejista apresentaram queda histórica em 2015. Nacionalmente, o volume de vendas registrou uma retração de 4,3% em relação a 2014. Para o varejo ampliado, a deterioração dos resultados é ainda maior: -8,6%. Para Minas Gerais, os resultados seguem a mesma tendência: -1,9% no varejo restrito e -7,0% no ampliado.
O economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, ressalta que o pior resultado da série histórica é fruto do cenário econômico pelo qual o Brasil passa. Com a piora de indicadores que afetam diretamente o comportamento das famílias, o setor do comércio (assim como os demais) é afetado pelo quadro de queda na demanda. “Observamos a retração no consumo das famílias desde o início de 2015 e, com o passar do tempo e o aumento da inflação, dos juros e do desemprego, as famílias passaram a consumir menos, resultando no dado negativo para o setor”, avalia.
Em âmbito estadual, a retração ocorreu para todos os segmentos, seja na queda do volume de vendas ou na desaceleração do crescimento. Setores mais dependentes de condições de financiamento foram mais impactados pelo aumento dos juros, o que acabou encarecendo o crédito ao consumidor. Sentiram os reflexos as vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-17,6%), veículos, motocicletas, partes e peças (-16,4%), móveis e eletrodomésticos (-13,1%) e material de construção (-9,0%). Em contrapartida, os segmentos que apresentaram expansão em relação a 2014 foram aqueles ligados ao consumo de bens de primeira necessidade ou que comercializam itens com valores menores. Nesse grupo, há artigos farmacêuticos (4,5%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,7%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,6%).
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