18 de nov de 2015
Apresentando a oitava queda consecutiva no volume de vendas, o varejo restrito recuou 0,5% em setembro frente a agosto. Os dados apontados pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), refletiram retração no acumulado no ano (-3,3%) e nos últimos 12 meses (-2,1%). Considerando o varejo ampliado, quando se inclui os agrupamentos veículos e motos, partes e peças e material de construção, as quedas são ainda maiores: -1,5% na comparação mensal, -7,4% no ano e -6,0% em 12 meses. “Devido ao quadro macroeconômico recessivo, com indicadores deteriorados como inflação e taxa de juros em alta, desemprego crescente e queda no rendimento, as famílias têm consumido menos. Essa queda na demanda atinge diretamente o comércio, que já caminha para um dos piores desempenhos”, avalia o economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida.
No ano, excetuando-se os segmentos de artigos farmacêuticos (+3,6%), equipamentos e materiais para escritório (+4%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (+1,5%), todos os grupos que compõem o varejo apresentaram queda. O indicador mais expressivo refere-se ao comércio de veículos, com retração acumulada de 16,1%. Tal segmento é acompanhado de perto pela queda no varejo de móveis e eletrodomésticos, cuja retração foi de 13%. “Vemos quedas expressivas nos segmentos que dependem mais do crédito. Com a alta taxa de juros, o crédito torna-se restrito aos consumidores. Essa queda no volume de vendas atrelada ao aumento dos custos ao empresário e acaba forçando o fechamento de diversos empreendimentos”, ressalta Almeida.
Em Minas Gerais, o varejo apresentou retrações de 2% no ano e 0,7% nos últimos 12 meses. Em relação ao varejo ampliado, o recuo é ainda maior: -6,9% no acumulado de 2015 e -5,1% em 12 meses.
Acesse a pesquisa na íntegra por meio deste link.