20 de out de 2023
O Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG divulgou análise aprofundada dos dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes ao desempenho do setor de serviços no mês de agosto de 2023. Esta análise inclui a composição da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que oferece informações valiosas sobre o panorama econômico atual.
O volume de serviços registrou avanços notáveis em três das quatro aberturas analisadas, tanto no contexto estadual quanto no nacional. Isso sinaliza que o setor de serviços está se recuperando do período desafiador imposto pela pandemia de Covid-19.
O estado de Minas Gerais demonstra um crescimento de 9,0% no volume de serviços prestados nos primeiros oito meses do ano atual, embora seja 1,9 ponto percentual inferior ao mesmo período do ano anterior, que apresentou um avanço de 10,9%. No entanto, o desempenho do estado mineiro supera consideravelmente o cenário nacional, que apresenta um crescimento de 4,1% para o mesmo período.
Ao analisar o acumulado dos últimos 12 meses (setembro de 2022 a agosto de 2023), Minas Gerais registra um crescimento de 9,9% no volume de serviços prestados, mantendo uma tendência de crescimento desde maio de 2021. Enquanto isso, o Brasil apresenta um crescimento de 5,3% nesse mesmo período. É importante destacar que o desempenho positivo se mantém há 27 meses consecutivos, com Minas Gerais mantendo um crescimento mais expressivo em relação ao cenário nacional.
Em agosto de 2023, o estado mineiro apresentou um aumento de 6,1% no volume de serviços em comparação com agosto do ano anterior. Em contraste, o Brasil registrou um crescimento de 0,9% no mesmo período. Isso evidencia o desempenho mais robusto do setor de serviços em Minas Gerais em comparação com o cenário nacional, com uma diferença de 5,2 pontos percentuais.
No que diz respeito à variação mensal, Minas Gerais observou uma desaceleração de 1,8% em agosto em relação a julho, interrompendo uma tendência de crescimento de três meses. No Brasil, houve uma queda menos acentuada, com uma desaceleração de 0,9%.
Quatro das cinco atividades analisadas mantêm um crescimento notável tanto no Brasil quanto em Minas Gerais. Notavelmente, os serviços de informação e comunicação lideram com 4,8% de crescimento no Brasil e 13,3% em Minas Gerais. Estes incluem serviços de tecnologia de informação e comunicação (TIC) e serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias. Por outro lado, a atividade “Outros serviços” registrou uma desaceleração tanto no Brasil (-0,4%) quanto em Minas Gerais (-9,3%).
De acordo com os analistas do Núcleo de Estudos Econômicos, o cenário econômico está favorável para o desempenho positivo do setor de serviços, com a taxa básica de juros desacelerando, o mercado de trabalho formal melhorando e programas governamentais para a negociação de dívidas das famílias. No entanto, possíveis impactos externos, como a guerra no Oriente Médio, podem afetar a economia global, influenciando a cotação do petróleo, a inflação e a valorização do dólar, tornando a situação mais complexa.
Olhar Econômico, por Gilson Machado – economista da Fecomércio MG.
A melhora no ambiente econômico está contribuindo para que o volume de serviços prestados continue registrando desempenho positivo no acumulado do ano em quase todas as unidades da federação, com exceção do Amapá, que encerrou o período analisado em queda.
O estado de Minas Gerais registra um crescimento de 9,0% no volume de serviços prestados nos oito primeiros meses do ano corrente. Ao analisar os dados do Brasil, deparamos com um indicador crescente de 4,1%, porém, ele é tímido em relação ao contexto estadual, que, no acumulado de janeiro a agosto, cresce 5,1 pontos percentuais acima do consolidado das Unidades da Federação. Ao passo que olhamos para os últimos 12 meses (set.22 a ago.23), notamos as mesmas características da abertura acumulada do ano, enquanto o estado mineiro avança em 9,9%, o Brasil segue com crescimento de 5,3%. Ao analisar as atividades que compõem o indicador, notamos que os serviços de informação e comunicação estão com o crescimento mais intenso tanto na esfera nacional quanto estadual, com taxas de 4,8% e 13,3%, respectivamente. Em contraste, outros serviços têm demonstrado uma queda nessa abertura.
Contudo o mais constante, e a inflação dentro da meta, a taxa básica de juros desacelerando, a melhoria no mercado de trabalho formal e o aumento dos rendimentos reais somados aos programas do governo para a negociação de dívidas das famílias e sua reinserção no mercado de crédito, nos fazem acreditar que o indicador registrará um desempenho satisfatório até o fim do ano corrente.
Por outro lado, não devemos desconsiderar possíveis efeitos externos, reflexo da guerra no Oriente Médio, caso ela perdure por um período extenso. Isso tende a trazer impactos na cotação do petróleo, na inflação futura e na valorização do dólar, o que por sua vez, tende a trazer reflexos negativos para a economia mundial. Sem falar que não podemos descartar a possibilidade de novos entrantes nesse conflito, o que pode tornar a situação ainda mais delicada.
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.
Há 85 anos fortalecendo e defendendo o setor, beneficiando e transformando a vida dos cidadãos.