1 de jul de 2015
Segundo a Pesquisa Mensal do Emprego, divulgada no dia 25 de junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego atingiu, em maio, 6,7% para o conjunto das seis regiões metropolitanas pesquisadas*. O índice é 0,3 ponto percentual (p.p.) superior ao mês de abril e 1,8 p.p. maior em relação ao mesmo mês de 2014.
Para o economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, além da atividade econômica enfraquecida, com o Produto Interno Bruto (PIB) registrando uma retração de 0,2% no primeiro trimestre e o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) indicando uma continuidade dessa queda, outros fatores influenciaram o aumento do desemprego. “A renda média do consumidor caiu pelo quarto mês seguido. Além disso, a alta taxa de inflação gera uma perda maior no poder de compra da população. Essa menor renda atrelada ao crédito mais restrito acarreta em menor consumo e, consequentemente, menor produção, atingindo o mercado de trabalho”. A elevação da População Economicamente Ativa (PEA) e a queda da População Ocupada (PO), também agravaram a situação.
Em Belo Horizonte, o desemprego chegou a 5,7% em maio, 0,2 p.p. a mais que o observado em abril, e 1,9 p.p. a mais do que no mesmo período de 2014. O rendimento médio do belo- horizontino apresentou redução no mês (-2,9%) e no ano (-5,6%), ficando em R$ 1.959,00. “É uma situação que perdura em todo o Brasil. Esses indicadores trouxeram a continuidade da alta do desemprego e a contração do rendimento, o que reforça o cenário de enfraquecimento do modelo baseado no consumo das famílias. Uma possível reversão é esperada no longo prazo, quando os efeitos dos ajustes começarem a surtir efeito.”
*As seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE foram: Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.