1 de dez de 2015
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta semana, os indicadores das Contas Nacionais Trimestrais. Houve uma nova retração do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. No terceiro trimestre de 2015, a atividade encolheu 1,7% frente aos meses de abril, maio e junho. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a retração é ainda maior (-4,5%).
De acordo com o economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, a atividade econômica brasileira segue desaquecida em todos os setores da economia; as famílias estão consumindo menos e o investimento foi estancado. Em relação ao segundo trimestre deste ano, levando-se em conta a produção, o setor agropecuário, a indústria e os serviços apresentaram recuo de 2,4%, 1,3% e 1,0%, respectivamente. Já no quesito despesa, o consumo das famílias, o investimento, a importação e a exportação de bens e serviços recuaram 1,5%, 4,0%, 6,9% e 1,8%, nessa ordem. Por outro lado, as despesas do governo expandiram 0,3%.
Os números do IBGE apontam que o Brasil segue em recessão técnica. Segundo Almeida, a confiança necessária para a recuperação ainda não foi alcançada. “Empresas e famílias estão com expectativas deterioradas, situação decorrente do cenário econômico e dos embates políticos, o que dificulta a recuperação da economia. Os indicadores continuam piorando e demandam atenção, pois a chance de uma recessão instaurada é ainda maior e já esperada pelo mercado. Assim, a confiança dos agentes continua a cair”, explica o economista.
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