27 de set de 2016
No 2º trimestre do ano, a atividade econômica expandiu 0,1% em Minas Gerais, índice superior à retração do resultado nacional -0,6%. O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado foi divulgado pela Fundação João Pinheiro (FJP) na última semana, revelando um indicador que interrompe uma série de cinco quedas na comparação trimestral.
“Ainda é cedo para afirmarmos que há uma recuperação econômica em Minas. Porém, esse aumento mostra que o pior da crise pode ter passado. A expansão e a melhoria nos indicadores de confiança – tanto dos empresários, como das famílias – revelam expectativas melhores para os próximos trimestres”, avalia o economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida.
De acordo com a FJP, a expansão do indicador está pautada no crescimento industrial (2,1%) e na agropecuária (2,4%). A indústria mineira foi influenciada, principalmente, pelas atividades ligadas ao saneamento e energia (4,4%), à indústria de transformação (1,8%) e à recuperação da atividade extrativa mineral (0,9%). Já a agropecuária se favoreceu do desempenho da colheita do café.
O setor de serviços, por sua vez, apresentou queda de 0,4%, com quedas no comércio (-1,6%) e nos transportes (-1,1%). “Os fatores que regem o comportamento de consumo das famílias ainda não apresentaram melhoras significativas. A inflação continua a pressionar os orçamentos; além disso, a evolução do desemprego e os juros elevados impedem a retomada do consumo. Esses fatores tornam-se mais evidentes ao observarmos o recuo da atividade econômica de serviços direcionados às famílias (-1,4%)”, pontua o economista.
O relatório completo da FJP pode ser acessado neste link.