16 de jan de 2017
[vc_row][vc_column][vc_column_text]O número de consumidores que fazem o planejamento financeiro voltou a cair em Belo Horizonte, justamente no atual cenário econômico, em que essa ação deveria ser prioridade. Entre junho e dezembro de 2016, o percentual da população que afirmava programar os gastos mensais passou de 73,3% para 62,3%. No último mês de 2015, esse índice era de 76,8%. Em relação àqueles que elaboram o orçamento doméstico, apenas 24% conseguem efetivamente segui-lo. Já 27,5% cumprem as metas parcialmente, e outros 10,5% não respeitam a planilha proposta. Os dados são da Pesquisa de Orçamento Doméstico, realizada pela Fecomércio MG.
Para o economista da entidade, Guilherme Almeida, essa situação, além de dificultar o dia a dia das famílias em um contexto de inflação elevada e alto índice de desemprego, pode ter consequências mais sérias. “No âmbito da educação financeira, é justamente a falta de planejamento que leva aos quadros de inadimplência e motiva gastos por impulso, principalmente no cartão de crédito. Uma combinação extremamente negativa”, pontua. Conforme o levantamento, o total de pessoas que efetuam compras não programadas subiu de 26,7%, em dezembro de 2015, para 31,1%, no mês passado.
O presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga, avalia que o resultado apresentado pelo estudo precisa ser rapidamente revertido. “É muito importante que o brasileiro comece a criar uma cultura de planejamento financeiro. Parece básico, mas é difícil aplicar na prática o hábito de gastar menos do que se ganha, e ainda manter uma reserva. Essa dinâmica favorece cada família e a economia de um modo geral, como o setor produtivo e o comércio”, ressalta.
Almeida acrescenta que uma explicação possível para o fato de menos pessoas se dedicarem ao orçamento, no último semestre, é justamente a limitação financeira. “Vivenciamos um crescimento das despesas e uma queda na renda, além do desemprego. Muitos, então, acabam apenas quitando as contas que conseguem e acreditam que não existe muita alternativa para planejar, o que é um equívoco”, completa.
Esse contexto vai ao encontro dos números relativos à piora da situação financeira dos belo-horizontinos. Enquanto nas pesquisas de 2015 pelo menos 94% dos consumidores conseguiam pagar as contas em dia, em 2016 esse indicador despencou para, em média, 50%. Um percentual elevado (42,8%) dos entrevistados relatou que recorre a financiamentos para cobrir os gastos mensais, sendo que, em alguns casos, esse recurso ainda não é suficiente.
A pesquisa da Fecomércio MG também revela que o grupo de produtos mais adquirido na capital mineira é o da alimentação (69,7%), seguido por roupas, calçados e acessórios (39%). No entanto, o maior peso no orçamento é o da energia elétrica, indicada por 50,1% das famílias. De acordo com o levantamento, a forma de pagamento priorizada atualmente é o dinheiro (40,5%), diferentemente do observado na análise de junho, na qual o cartão de crédito se destacava (37%).[/vc_column_text][mk_button dimension=”flat” size=”large” outline_skin=”dark” outline_active_color=”#fff” outline_hover_color=”#333333″ bg_color=”#004d99″ text_color=”light” url=”https://fecomerciomg.org.br/wp-content/uploads/2017/01/12.2016-Orçamento_Dezembro.pdf ” target=”_blank” align=”center” fullwidth=”true” margin_top=”15″ margin_bottom=”15″]Acesse a pesquisa Orçamento Doméstico/Dezembro 2016. [/mk_button][/vc_column][/vc_row]