30 de maio de 2018
[vc_row][vc_column][vc_column_text]O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro voltou a registrar variação positiva no primeiro trimestre de 2018. De acordo com números divulgados pelo Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB nacional cresceu 0,4% nos três primeiros meses do ano, frente ao quarto trimestre de 2017. O resultado positivo veio de todos os três setores da economia: agropecuária (1,4%), indústria (0,1%) e serviços (0,1%).
Na ótica da despesa, o consumo das famílias registrou expansão de 0,5%, sendo o quinto avanço seguido na base de comparação. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador que mensura os investimentos produtivos, apresentou um aumento de 0,6%. No setor externo, tanto as exportações quanto as importações registraram elevação: 1,3% e 2,5%, respectivamente. Amparados no frágil quadro fiscal, os gastos do governo recuaram 0,4% em relação ao trimestre anterior.
O economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, avalia a expansão do PIB de forma positiva, mas ressalta que o ritmo de recuperação da economia continua muito lento. “Todo dado positivo é sempre bem-vindo, porém, a economia opera bem abaixo do seu potencial. Ainda observamos setores importantes – que movimentam toda a cadeia produtiva – patinarem, como a construção civil e os serviços, este com resultados bastante tímidos. Isso se explica pelo baixo nível de investimento, no caso do primeiro segmento, e do cenário deteriorado no mercado de trabalho, no caso do segundo.”
Além disso, Almeida aponta diversos fatores que freiam uma melhora maior da atividade econômica. “Apesar de a taxa Selic ter atingido o menor patamar da história, o crédito na ponta se mantém caro, inibindo consumo e investimentos expressivos. Associa-se a esse cenário as incertezas provocadas no âmbito político e o ambiente externo cada vez mais desfavorável para as economias emergentes.”
Evolução interanual
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o PIB cresceu 1,2% no primeiro trimestre do ano. À exceção do setor primário, cujo recuo foi de 2,6%, os setores produtivos expandiram nessa base comparativa. Nos setores secundário e terciário foram registrados crescimentos de 1,6% e 1,5%, respectivamente.
A publicação também apresentou quais segmentos mais contribuíram positivamente para o aumento dos serviços. O comércio se destaca, com 4,5%, seguido por transportes (2,8%), atividades imobiliárias (2,8%), outros serviços (0,9%) e atividades financeiras (0,1%). Os serviços relacionados à informação e comunicação, por sua vez, recuaram 3,3% frente aos três primeiros meses de 2017.
Na ótica da despesa, apenas os gastos do governo apresentaram resultado negativo (-0,8%). Com a desaceleração da inflação, o consumo familiar registrou a quarta alta seguida (2,8%), ao passo que os investimentos produtivos aumentaram 3,5%. As exportações e importações brasileiras subiram 6% e 7,7%, nessa ordem.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]