12 de set de 2019
Fazer as compras do mês, adquirir eletroeletrônicos, pagar boletos atrasados. São muitas as opções de uso do cartão de crédito, embora nem todas sejam as mais adequadas à modalidade. De acordo com dados do Banco Central, essa forma de pagamento possui uma das maiores taxas do mercado. Não à toa, o juro médio do rotativo do cartão de crédito atingiu 300,1% ao ano no fim do 1º semestre.
A tendência a assumir compromissos financeiros nessa modalidade foi confirmada, em Belo Horizonte, por um indicador elaborado pela Fecomércio MG. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de julho, 86,8% dos consumidores da cidade pagaram contas usando o cartão crédito. Mas, esse meio de pagamento não traz apenas facilidades.
Segundo a economista da Federação, Bárbara Guimarães, apesar de possibilitar a quitação em parcelas que melhor se encaixam nas finanças mensais, o cartão de crédito exige cuidados. Por isso, no mês que marca o Dia do Cliente (15/09), a Fecomércio MG apresenta sete dicas para ajudá-lo a usar essa modalidade com consciência.
Use com moderação
Fique atento aos seus limites orçamentários. O ideal é planejar a compra desejada para que ela não se transforme em um problema futuro. “As pessoas, infelizmente, confundem o meio de pagamento como prolongamento da renda. Assim, usam o cartão de crédito de forma indiscriminada e descontrolada para a aquisição de uma série de bens e serviços, sem acompanhar seus vencimentos”, alerta Bárbara.
Atenção à data de vencimento
A economista da Federação também sugere que a pessoa escolha a data de fechamento da fatura que mais lhe convém. “Se você recebe o salário no dia 10, escolha o dia 20 para o vencimento. A administradora fechará o boleto antes, o que não o colocará em risco de inadimplência, caso o seu pagamento atrase.”
Confira todos os gastos
Fez as compras, pegou o comprovante de pagamento e jogou fora? Saiba que é preciso checar todos os gastos, linha por linha, para evitar alguma possível cobrança indevida. Além disso, segundo Bárbara, é sempre bom estar atento a algum serviço que você assina e não utiliza mais e à ordem de importância de gastos. Assim, caso precise eliminar alguma despesa, ficará mais fácil detectá-la.
Nunca esqueça de pagar
Se você é daquelas pessoas que não se recorda de todas as contas a pagar, uma opção para evitar juros e multas é colocar a fatura em débito automático. Mas, se você não deseja optar por essa facilidade, a economista da Federação adverte: mapeie, ao menos uma vez por mês, os gastos que você fez nessa modalidade.
Evite acumular cartões
Ter mais de um cartão de crédito é desnecessário. Para Bárbara, concentrar os gastos em apenas um cartão de crédito traz mais controle às finanças, facilita o controle dos gastos e evita a sensação de prolongamento da renda.
Parcele o mínimo que puder
Como os juros desse meio de pagamento estão entre os mais altos do mercado, pague, sempre que possível, a integralidade da fatura e evite muitas parcelas. “Se o consumidor pagar apenas o mínimo, que representa 15% do total, ele entra no crédito rotativo, que é uma das modalidades mais caras do mercado. Nesse caso, o débito pode dobrar em menos de seis meses.”
Busque por vantagens
Fique de olho se, em outras administradoras, há algum cartão que te dê mais vantagens, não tenha anuidade e lhe ofereça programas de pontos. “Além disso, saiba quanto você paga por cada serviço e negocie a isenção da cobrança. Mas não transforme isso em um motivo para gastar mais”, ressalta Bárbara.