10 de ago de 2022
Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Fecomércio MG, aponta aumento de 2,6 pontos percentuais
O segundo semestre de 2022 iniciou com o aumento do nível de endividamento dos belo-horizontinos. Em julho, 90,1% dos consumidores estavam endividados na capital mineira, com 2,6 pontos percentuais (p.p.) superior ao último mês. Os dados são da edição regional da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e apurada pelo setor de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG).
De acordo com o estudo, se comparado com o mesmo período do ano passado, ocorreu um aumento de 8% p.p. “As atividades comerciais voltaram após um longo período de instabilidade, isso faz com que as famílias se sintam mais incentivadas a consumir, e utilizem do crédito para suprir suas demandas. Tal comportamento acarreta um aumento nos índices de endividamento”, destaca a economista da Fecomércio MG, Gabriela Martins.
Entre os tipos de dívidas, o cartão de crédito segue sendo o principal compromisso financeiro assumido. Atualmente, os consumidores pagam contas e fazem as compras do mês no cartão de crédito, resultando em comprometimento com essa modalidade de 78,8% dos entrevistados. O carnê (22,2%) e o cheque especial (10,0%) também estão entre as formas mais utilizadas.
O levantamento apontou ainda que as dívidas comprometem, em média, 31,6% da renda familiar, e o número de consumidores que não terão condições de quitar suas dívidas somou 16,2%, apresentando um aumento de 0,7 p.p. E grande parte desses endividamentos são por um longo período, com tempo médio de comprometimento da renda de aproximadamente sete meses.
“O ideal é que as famílias já tenham em mente quais são as contas fixas que comprometem a renda mensal, como aluguel, água e luz. Desta forma, é possível calcular os gastos fixos e planejar o orçamento restante para os pagamentos e futuros compromissos financeiros”, finaliza a economista da Fecomércio MG.