Consumidor está otimista para o Natal e o gasto médio será R$423,06

7 de dez de 2023

 

Cada consumidor deverá comprar, em média, quatro presentes

O Núcleo de Pesquisa e Inteligência da Fecomércio MG realizou um levantamento a fim de captar a intenção de consumo da população belo-horizontina para o Natal, principal data comemorativa do calendário varejista. Essa época do ano é conhecida por impulsionar as vendas do comércio e a contratação de serviços, sendo de extrema importância para o desempenho financeiro de diversas empresas e, para que haja sucesso neste período, o papel do consumidor se torna primordial.

Não obstante, o consumo pode ser influenciado por diversos fatores, sendo eles de cunho econômico, social e/ou individual. O acesso e o custo do crédito, os preços dos produtos, a renda disponível e as expectativas futuras são um dos inúmeros exemplos do que podem impactar o consumo, seja de maneira positiva ou negativa.


Olhar Econômico
, por Gabriela Martins – Economista da Fecomércio MG
Este ano, entre os entrevistados pelo levantamento, há uma sinalização positiva para as compras do Natal. O primeiro aspecto tange a confiança no emprego, visto que 76,5% das pessoas que possuem trabalho remunerado estão confiantes que permanecerão empregadas no próximo ano. Essa confiança, por sua vez, se traduz na certeza de renda futura o que permite uma expansão do consumo, seja pelo pagamento à vista, seja pela utilização do crédito.
Acrescido a confiança no trabalho, o levantamento demonstra que 64,9% dos entrevistados estão otimistas com o Natal, pretendendo comprar produtos de diversos setores do comércio, tais como roupas (32,4%), brinquedos (18,9%), calçados (14,6%), perfumaria (9,2%), entre outros. Em média, cada pessoa deverá comprar quatro presentes. O valor afetivo da data pode estar atrelado aos gastos do período, visto que, boa parte dos que irão presentear pretendem o fazer para amigos e familiares e, entre os que não tem o interesse em presentear no Natal os motivos predominantes perpassam pela falta de costume, o desemprego e a falta de alguém para presentear.
A renda, outro fator de influência na hora de decisão do consumo, se destaca para as compras do Natal. O período é marcado pelo pagamento do 13º salário, que este ano deverá ser destinado principalmente para quitar dívidas (35,8%), fazer compras de Natal (29,9%), aplicar o dinheiro/guardar na poupança (23,9%) e pagar os compromissos de janeiro (11,2%). Esse comportamento se traduz em um bom termômetro para as vendas do varejo, visto que o pagamento de dívidas garante a não inadimplência do consumidor, assegurando uma boa saúde financeira e o acesso ao crédito futuro. O gasto direto nas compras, por sua vez, é capaz de injetar de maneira direta recursos na economia, aumentando as vendas do comércio.
Em 2023, 50,4% dos entrevistados que irão presentear pretendem gastar um pouco mais com os presentes de Natal se comparado com o mesmo período do ano passado. Os consumidores pretendem comprar poucos produtos de maior valor (37,8%), sendo que, 26,7% pretendem gastar entre R$ 200,00 e R$ 300,00 reais por produto. No total, o gasto médio deverá ser de R$ 423,06. A expectativa das compras vai ao encontro dos fatores positivos descritos no decorrer do texto, indicando uma maior disponibilidade de renda, de acesso ao crédito e confiança do consumidor.
Apesar das expectativas positivas, alguns fatores podem influenciar negativamente os gastos no período. Entre eles podemos citar o preço alto dos produtos (55,7%), o endividamento (6,6%) e o desemprego (2,5%). Além disso, as vendas podem ser desestimuladas pelas lojas cheias (25,8%), pelo mau atendimento (21,3%) e pela pouca variedade de produtos (8,4%). Tendo em vista estes fatores, os próprios consumidores apontam para os empresários o que fazer para atrair os clientes para as compras do período: promoções, preços reduzidos, variedade de marcas e produtos, atendimento diferenciado e facilidade no pagamento.
Essas ações para atrair os clientes demonstram diretamente o comportamento dos consumidores no período. Há uma expectativa de maior movimentação na segunda quinzena de dezembro e para 56,9% dos que irão presentear as compras deverão ser feitas de maneira a aproveitar as promoções do varejo.
Entre as opções de pagamentos, o débito se destaca podendo ser utilizado por 31,9% do grupo entrevistado. Essa expectativa, acrescida ao período esperado de maior fluxo de vendas, pode estar atrelada a disponibilidade de renda oriunda da segunda parcela do 13º salário, que deverá ser depositada aos trabalhadores até o dia 20 de dezembro.
Apesar disso, o uso do cartão de crédito parcelado também se destaca. Para 29,6% dos entrevistados que irão às compras no Natal esta é uma ferramenta que permite um parcelamento maior dos gastos e o planejamento do pagamento. O uso do crédito de maneira consciente pode ser um ótimo aliado do consumidor na hora das compras. No entanto, é necessário que sempre ocorra um bom planejamento dos gastos, a fim de evitar que ocorra um descontrole orçamentário familiar e posteriormente a inadimplência.
Apesar dos desafios, o levantamento aponta para um cenário favorável ao comércio local. A confiança no emprego e o otimismo em relação à data sugerem que os consumidores estão propensos a gastar, impulsionando a economia. No entanto, desafios como preços altos e o endividamento podem afetar negativamente os gastos. Apesar disso, as ações para atrair clientes, como as promoções e atendimento diferenciado acrescidas a uma boa estratégia de vendas, podem reforçar ainda mais o Natal como a principal data do comércio varejista.

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Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.

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