Confiança do varejista na capital mineira tem queda de 5,1% em maio

6 de jun de 2024

O índice de confiança do empresário do comércio (Icec) desacelerou 5,1% frente a abril e chega em seu menor patamar, desde julho de 2023, quando o indicador estava em 101,2 pontos. Apesar desta desaceleração, o índice de confiança do empresário do comércio permanece com nível de satisfação, com 102,6 pontos, em maio do ano corrente.

Um dos fatores que corroborou para a desaceleração do índice de confiança do empresário do comércio foi a queda em todas as suas aberturas, seja por porte ou grupo de atividade.

Em relação ao porte, o indicador manteve o patamar de satisfação tanto para as empresas com até 50 funcionários (102,5) quanto para aquelas que possuem mais de 50 funcionários (104,6), mesmo assim, ambas as aberturas registraram desaceleração na comparação com o mês imediatamente anterior, as respectivas quedas foram de 5,1% e 4,9%.

No quesito grupo de atividade, o segmento de bens duráveis registrou queda mais acentuada, com desaceleração de 9,3% em relação a abril, isso fez com que o indicador desse segmento caísse para 93,6 pontos, ficando abaixo do patamar de satisfação. Vale pontuar que o indicador desse grupo estava no nível de satisfação desde janeiro do ano corrente. A queda foi menos intensa para os segmentos de semiduráveis (3,7%) e de não duráveis (1,8%), ambos permanecem com nível de satisfação, sendo o de semiduráveis com 110,0 pontos e o de não duráveis com 105,3 pontos.

Para o economista da Fecomércio MG, Gilson Machado, a queda na confiança do empresário do varejo ocorre em função do momento atual, o varejista está mais atento aos acontecimentos, reflexo disso foi índice de condições atuais do comércio que registrou uma desaceleração mais intensa que os demais indicadores.

Ainda destaca que “o desempenho do comércio ampliado no estado está fraco, registrou queda de 0,1% nos três primeiros meses do ano. A taxa básica de juros teve uma desaceleração menos intensa e o mercado já aumentou as projeções da Selic para o fechamento do ano, e a preocupação com a inflação está presente. Somado a esses fatores, o comércio varejista ainda sofre com as importações de pequeno valor, e que mesmo após a última mudança, continuará em desvantagem. E o todo faz com que o varejista tenha uma percepção incerta para o momento atual do seu negócio.” Destaca Machado.

O indicador de confiança do empresário do comércio é subdividido em três outros indicadores, e dessa forma é possível captar a percepção do empresariado sobre as condições atuais, expectativa e investimentos no comércio varejista.

O índice de expectativa do empresário do comércio (Ieec) registrou uma desaceleração frente ao mês imediatamente anterior e quando comparado a maio de 2023, respectivamente de 4,3% e 2,6%. Ainda assim, o índice permanece no patamar de satisfação com os seus 130,9 pontos. Os subíndices tiveram queda, mas todos mantém nível de satisfação, expectativa das empresas comerciais (142,3), expectativa do comércio (133,6) e expectativa da economia brasileira (116,9).

Já o índice de investimento do empresário do comércio (Iiec) teve uma ligeira queda frente a abril do ano corrente, de 0,3%, permanecendo praticamente inalterado com os seus 102,0 pontos. Os subíndices registram um comportamento diferente, enquanto o nível de investimento da empresa desacelerou 4,9%, a expectativa da contratação de funcionário e a situação atual dos estoques avançaram quando comparado ao mês de março, 1,5% e 2,1%, respectivamente.

Conforme Machado, “apesar do índice de confiança registrar uma desaceleração no mês, ainda assim o índice mantém o patamar de satisfação para o empresário varejista, e é evidente que o empresariado está investindo em estoque e tem interesse em aumentar o quadro de funcionários, o que mostra que, apesar das dificuldades presentes no setor, o comerciante varejista acredita em um cenário melhor.”

Em relação as condições atuais, mensurada pelo índice de condições atuais do comércio (Icaec), nota-se que o indicador sofreu uma queda mais intensa em relação aos demais índices analisados. Com queda de 7,4% na comparação mensal, o indicador ficou em 74,9 pontos, distanciando mais do ponto de neutralidade. Os três subindicadores da condição atual registraram desacelerações mais intensa, distanciassem do ponto de neutralidade do indicador.  Os subindicadores estão com o seguinte patamar no mês de maio, condições atuais das empresas comerciais (91,9), condições atuais do comércio (73,7) e condições atuais da economia (59,0).

 

>> Acesse os gráficos da pesquisa ICEC

 

Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.

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