13 de jan de 2016
Elisa Castro, estatística da Fecomércio MG
Diante do cenário econômico atual, a luta pela sobrevivência dos negócios leva gestores e empresários a buscar mecanismos que permitam fortalecer as organizações para enfrentar os obstáculos comerciais que o futuro aponta. As empresas vencedoras são aquelas que conseguem perceber os problemas e implantar as mudanças necessárias para continuar sobressaindo no mercado e satisfazendo o consumidor. É preciso conhecer todos os processos internos e externos, e não somente os que estão diretamente ligados à questão financeira.
Nesse sentido, os indicadores têm como tarefa básica expressar, da forma mais simples possível, a situação de determinado processo da empresa, e demostra, com base em medidas, aquilo que está sendo feito ou que se pretende realizar. Eles são como uma fotografia do presente e do passado da companhia e podem, também, prover informações sobre os cenários futuros.
A construção de um indicador baseia-se, primeiramente, em sua contribuição na tomada de decisões. Deve representar algo que é necessário para a rotina de gerenciamento. Os indicadores precisam demonstrar credibilidade e devem ser gerados e analisados de forma criteriosa, resultando em dados relevantes em pouco tempo e baixo custo.
A alta tecnologia e velocidade dos negócios faz com que a informação seja algo cada vez mais mutável e, dessa forma, o tempo de mensuração do indicador deve ser avaliado rigorosamente levando em conta a necessidade e o custo.
Construir um indicador e analisá-lo não é uma tarefa fácil, pois uma informação incorreta pode levar a uma decisão errada. Ainda assim, é uma ação extremamente necessária e, aos poucos, é possível aprofundar as análises e gerenciar os indicadores de maneira otimizada.
A falta desses balizadores impossibilita a percepção de um problema e a intervenção fica prejudicada pela ausência de informações. As medidas externadas em cada etapa do processo dão à empresa a oportunidade de acompanhar o desempenho e aperfeiçoar as atividades que necessitam de correções estruturais. John Young, presidente da Hewlett-Packard, nesse contexto, declarou: “Aquilo que você não pode medir não pode ser aperfeiçoado, e aquilo que é medido é feito”. (Revista EXAME, 1999, p.105).
O resultado dos indicadores deve ser traduzido de forma que sua análise seja clara e de compreensão de todos os envolvidos no processo. Normalmente são aferidos por medidas simples, como: percentuais, dados de contagem, medidas de tendência central e variabilidade (média, mediana, percentis, desvio-padrão, amplitude, coeficiente de variação), entre outros. O resumo em tabelas e a utilização de recursos gráficos deixam a análise do resultado mais atrativa, principalmente ao mostrar o comportamento do indicador ao longo do tempo de avaliação.
A necessidade de aprofundar as monitorações e as análises é gerada quando o empreendimento fica mais robusto. Podem ser incluídas na análise dos indicadores metodologias estatísticas não tão triviais, como testes de comparação, modelos de regressão e previsão, além de cálculo de índices multivariados, respeitando sempre as características dos dados e as possíveis restrições.
Os indicadores possibilitam um termômetro das etapas do desenvolvimento de um empreendimento, viabilizando estabelecer interversões corretas e em tempo hábil, evitando que um pequeno problema se torne um grande peso para a empresa. Aprendendo sobre o passado e agindo com competência no presente, é possível planejar e construir o futuro com sabedoria e conhecimento.