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A Redução da Taxa Selic e os Desafios Econômicos do Brasil em 2024

21 de mar de 2024

Stefan D'Amato - Economista-Chefe da Fecomércio MG

 

A redução da taxa Selic em 0,5%, atualmente em 11,25%, representa mais um passo importante para a economia brasileira, visando alcançar níveis de juros mais acessíveis. Essa medida, esperada pelo mercado, pode impactar positivamente tanto o setor produtivo quanto a população em geral. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) demonstra sua predisposição para ajustar a Selic, marcando possivelmente o menor patamar ao se igualar com o valor referente a dois anos atrás (02/02/2022).

Essa redução desempenha um papel crucial na promoção de um ambiente econômico que estimula o crescimento sustentável e a estabilidade inflacionária. Vale destacar que, ao final de 2023, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), encerrou o ano com uma alta acumulada de 4,62%, dentro do intervalo estipulado pelo BC, que era de 3,25%, com tolerância de 1,5% para mais ou menos. Atualmente, o IPCA está a 4,5%, segundo os dados referentes ao mês de fevereiro de 2024.

Para 2024, as expectativas do mercado, compiladas no Boletim Focus, indicam uma projeção de inflação de 3,79%, ainda dentro do limite de tolerância estabelecido pelo Banco Central. Esse controle inflacionário, aliado a uma política fiscal responsável e à redução das taxas de juros internacionais, especialmente nos Estados Unidos, contribui para o ambiente que favorece a redução da taxa Selic.

Contudo, não podemos ignorar as incertezas que pairam sobre o compromisso do governo em cumprir as metas fiscais no atual cenário fiscal. Essas incertezas podem transformar-se em fontes de pressões inflacionárias, minando os benefícios da redução da Selic. Assim, é imperativo que as políticas econômicas e as ações governamentais estejam alinhadas para assegurar a estabilidade fiscal, garantindo que a redução da Selic tenha um impacto positivo e duradouro na economia.

A dinâmica internacional exerce influência direta sobre a economia brasileira, sendo que a expectativa de estabilidade ou elevação das taxas de juros nos Estados Unidos pode redirecionar investimentos para os títulos do Tesouro norte-americano, tornando-os mais atrativos em comparação com as taxas em declínio no Brasil. Contudo, as projeções mais otimistas, apresentadas no fim do ano passado, indicam cortes na taxa de juros norte-americana, e a expectativa é de que, salvo uma expansão econômica fora das projeções causando inflação, isso não impacte as taxas de juros locais.

A diminuição dos custos de financiamento resultante desse movimento do Copom do Banco Central proporciona um ambiente mais propício para investimentos e expansão de negócios. Com taxas de juros mais acessíveis, as empresas do setor de comércio podem buscar financiamentos a custos mais baixos, impulsionando a modernização de infraestrutura, adoção de tecnologias inovadoras e aprimoramento de serviços. Além disso, a redução da Selic contribui para estimular o consumo, pois os consumidores se beneficiam de condições de crédito mais favoráveis, o que, por sua vez, pode impulsionar o setor de serviços e turismo, promovendo uma recuperação mais robusta e sustentável da economia brasileira.

A coerência entre as políticas econômicas e as ações governamentais é essencial para reagir de forma eficaz a essas flutuações internacionais e tirar proveito das oportunidades apresentadas. Em meio a expectativas e desafios, a decisão do Copom sobre a taxa Selic se revela como um ponto crucial para o rumo econômico do Brasil em 2024. A busca por estabilidade e crescimento deve ser acompanhada por uma abordagem cuidadosa e estratégica, considerando tanto fatores domésticos quanto os desdobramentos no cenário internacional.

No entanto, é crucial ressaltar que o otimismo gerado pela redução da taxa Selic necessita ser temperado pela preocupação com o déficit fiscal, que representa uma ameaça à estabilidade econômica. A persistência de um quadro deficitário pode comprometer os benefícios das medidas de flexibilização monetária, aumentando a vulnerabilidade da economia brasileira. O retorno da taxa de juros nacional à trajetória ascendente em resposta a pressões fiscais pode anular parcialmente os esforços para estimular o crescimento econômico. Portanto, a gestão eficaz das contas públicas é imperativa para garantir que os ganhos advindos da redução da Selic se traduzam em uma retomada econômica sólida e duradoura. O equilíbrio entre as ações do Banco Central e as políticas fiscais torna-se essencial para assegurar não apenas a estabilidade financeira, mas também o desenvolvimento sustentável do Brasil.

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