24 de out de 2024
O mês de agosto registrou um aumento sustentado de 4,3% no comércio restrito e de 2,5% no comércio ampliado no acumulado do ano em Minas Gerais, conforme análise realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG utilizando os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE. O varejo restrito não contempla os itens enquadrados no varejo ampliado, cujo desempenho é analisado separadamente e é constituído pelas vendas de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo.
Na comparação entre agosto de 2024 e agosto de 2023, a análise mostra estabilidade no comércio restrito no estado. Equipamentos e materiais de escritório para escritório, informática e comunicação lideram com aumento de 85,6% no período. Nesta frente de comparação, houve desaceleração do volume de vendas tendo em vista que em agosto de 2023 frente a agosto de 2022, houve ampliação do comércio restrito em 4,5% em Minas Gerais.
No acumulado do ano no estado, o varejo restrito mantém desempenho positivo chegando aos 4,3% em agosto. As áreas de vendas mais competitivas, assim como na comparação anual, foram puxadas por equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (85,6%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (13,5%) e artigos farmacêuticos, médicos (14,4%).
Entretanto, o mês de agosto apontou desempenho negativo de -2,4%, o mais intenso do ano, na comparação mensal, para o varejo restrito. No contexto nacional, o comércio restrito teve queda de -0,3% em agosto.
Apesar da queda no comércio restrito e no ampliado, a análise destaca o bom desempenho das vendas, no ano, de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação e, no comércio ampliado, de veículos, motocicletas, partes e peças e material de construção.
De acordo com Fernanda Gonçalves, economista da Fecomércio MG, “os fatores que contribuíram para os índices anual positivos observados no Brasil e em Minas Gerais, estão atrelados ao mercado de trabalho aquecido e, consequentemente, da maior disponibilidade de renda entre as famílias. Entretanto, em agosto, em relação a julho, o cenário desfavorável do varejo, tanto restrito quanto ampliado, em Minas Gerais, pode ser atribuído a vários fatores. O aumento da concorrência com outros mercados, juntamente com a elevação dos custos de insumos e logística, são elementos que impactam negativamente o comércio neste período”, esclarece Gonçalves”.
Comércio ampliado
A análise mostra que o comércio ampliado: vendas de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, registrou desaceleração de -2,9% em agosto em Minas, em comparação com o mês de julho. Em comparação com o mês de agosto de 2023, houve aumento do comércio ampliado em 1,5%. O segmento de material de construção contribuiu para o desempenho positivo do indicador com aumento no volume de vendas de 0,3%. Em âmbito nacional, o ampliado teve retração de -0,8% no mês de agosto.
De janeiro a agosto de 2024, o comércio ampliado sustenta crescimento de 2,1% no estado. Entre julho de 2023 e agosto de 2024, o ampliado cresceu 1,7% no estado com contribuição das vendas de veículos, motocicletas, partes e peças (6,0%) e de material de construção (1,9%).
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.
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