Comércio segue com retração

21 de dez de 2016

O indicador do volume de vendas da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), referente ao mês de outubro, retraiu 0,8% em relação a setembro. Na comparação com outubro de 2015, o índice divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) recuou 8,2%. O volume de vendas, que no acumulado de 12 meses já caiu 6,8%, segue influenciado pela deterioração dos indicadores ligados ao mercado de trabalho e ao crédito ainda encarecido às famílias. Para o varejo ampliado, os índices de vendas seguem piores: -10% no comparativo mensal e -9,8% no acumulado de 12 meses.

O economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, aponta que, apesar do processo de desaceleração da inflação, bem como das sucessivas quedas na taxa básica de juros, o crédito ainda é restrito às famílias e o cenário de desemprego continua a ditar um comportamento cauteloso dos consumidores. Prova disso é que a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu mais uma vez e atingiu 64,7 pontos, permanecendo no nível de insatisfação. Esse indicador é apurado pela Fecomércio MG em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e capta o nível de satisfação das famílias.

No âmbito estadual, a pesquisa mostrou recuo de 0,8% no comparativo de outubro com setembro de 2016, para o varejo restrito. Nas demais bases o resultado foi de -6,0% na comparação com outubro de 2015, -1,5% no ano e -1,7% em 12 meses.

Serviços

Dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) mostraram nova queda dessa atividade no Estado. Na comparação mensal, ela recuou 8,2% (outubro/2016 frente a outubro/2015). Resultados negativos também podem ser observados nas demais bases de comparação: -5,3% no acumulado de 2016 e -5,7% em 12 meses. O recuo foi liderado, principalmente, pelos serviços de transporte (-13,6%), profissionais, administrativos e complementares (-13,2%), e aqueles prestados às famílias (-12,0%).

Acesse aqui a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC).

Acesse aqui a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

Acesse aqui a Intenção de Consumo das Famílias (ICF).

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