5 de jun de 2019
Jéssica Andrade – supervisora de Comunicação da Fecomércio MG
A internet gerou mudanças significativas no rumo da história. Para quem trabalha com vendas é perceptível que essa plataforma provocou uma evolução no comportamento do consumidor. Com o surgimento da internet no Brasil, em 1994, as pessoas passaram a se conectar e ter acesso a informações de forma rápida e precisa. Essa ‘revolução’ fez com que o mundo dos negócios lidasse com uma novidade: o acesso instantâneo a dados de produtos e serviços, bem como a possibilidade de vendas em um ambiente totalmente digital. De lá para cá se passaram quase 25 anos, no entanto ainda é possível identificar empresas que não se adaptaram a esse cenário e não possuem uma comunicação assertiva com os seus clientes. O resultado é que, diante de um contexto de instabilidade econômica, a falta de relacionamento com o comprador acarreta vendas cada vez menos expressivas.
Assim que a internet se consolidou entre os brasileiros uma mudança no comportamento do consumidor foi percebida. Essa transformação tem como base as redes sociais (Orkut, Facebook, Twitter, LinkedIn, Instagram, entre outras), além dos sites interativos, blogs e e-commerces, que permitiram-no publicar avaliações/reclamações de produtos e serviços. Para entender a força dessas ferramentas, segundo levantamento da empresa de soluções em e-commerce Nuvem Shop, as vendas por meio das redes sociais cresceram 3,8% no último trimestre de 2018 em relação ao mesmo período de 2017. O destaque, segundo o estudo, ficou por conta das compras pelo Instagram (70%), seguidas daquelas pelo Facebook (27%).
Vivemos a era do marketing moderno, no qual os consumidores se unem para conversar ou até mesmo compartilhar informações a favor ou contra determinada marca ou produto. As empresas, frente a esse cenário, precisam se adaptar e entender a força da internet e da opinião pública nesse meio. Por isso, é indispensável monitorar o que se fala sobre a corporação para que seja possível agir com rapidez na resolução de mensagens negativas. Nesse caso, a celeridade pode amenizar ou até mesmo conter danos de imagem.
O processo de compras também mudou. Hoje, ele pode começar tanto pela internet quanto pela loja física. No entanto, essa jornada geralmente é feita nos dois meios, pois o cliente, em um determinado momento, irá consultá-los para avaliar em qual há a melhor opção de produto ou serviço.
O Instagram tem sido destaque como um canal de compras. Por compartilhar fotos e vídeos, a ferramenta se tornou um ótimo canal de comércio eletrônico, além de ser a rede social com maior expansão em audiência e engajamento no país. Ela oferece a possibilidade da realização de vendas on-line, conquistando o consumidor por meio da interatividade com as marcas, que, graças a ferramenta, tem ampliado o atendimento para lojas físicas.
Há várias evidências que a personalização e a qualidade do atendimento se tornaram uma exigência. As empresas preocupadas com essas mudanças, atentas ao uso de ferramentas digitais de comunicação e ao repasse de dados precisos terão melhores resultados de vendas. Diante de um cenário econômico que exige reinvenções, a tendência é que a internet viabilize cada vez mais as compras e a reputação das corporações. Possibilidades de negócios existem e devem ser aproveitadas: por que não começar pelo investimento em comunicação?
Artigo publicado no jornal Diário do Comércio