
21 de jul de 2025
De acordo com a pesquisa Índice de Confiança do Empresário do Comércio, analisada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG e aplicada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) em Belo Horizonte. O ICEC subiu 0,5 ponto em junho em comparação a maio, chegando aos 99,5 pontos, ainda abaixo do nível de confiança de 100 pontos, mas em tendência de alta desde abril.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) é subdividido em outros três indicadores: Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) e Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC).
A pesquisa de junho mostra que os dois grupos de empresários entrevistados na pesquisa, com até 50 empregados e acima desse número de colaboradores, divergem quanto ao nível de confiança. Aqueles acima de 50 empregados mantêm nível de confiança aos 112,5 pontos. Já os empresários com menos de 50 empregados ficam um pouco abaixo do nível de confiança, aos 99,3 pontos.
Entre os segmentos de bens, o comércio de semiduráveis se mantém no nível de confiança de 107,6. Já não duráveis e duráveis situam-se abaixo do nível de confiança com 98,9 e 94,1 pontos, respectivamente.
Condições atuais da economia, do comércio e das empresas
No mês de junho, o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) atingiu 70,9 pontos, 0,6 ponto inferior ao observado no mês anterior (71,5). Empresas com mais de 50 empregados mostraram maior confiança em relação às condições atuais da economia do país.
Em junho, para 78,5% dos empresários do comércio, a condição atual da economia piorou. Essa percepção recua levemente, para 78,4%, entre os empresários de empresas com menos de 50
funcionários. Os empresários que consideram que a economia piorou muito somam 41,7% do total. Já os que consideram que a economia piorou um pouco são 36,7% segundo a pesquisa.
Conforme 68,6% dos empresários do comércio, houve uma piora nas condições atuais para o setor. Em junho, houve queda de 0,5 p. p. no total de empresários com percepção de piora do comércio em comparação com maio. As empresas que comercializam bens duráveis são as que mais perceberam piora. Para 29,1% dos empresários as condições do setor pioraram muito e para 39,1% pioraram pouco.
A pesquisa informa que 56,8% dos empresários consideram que houve piora das condições da empresa. Em junho, essa percepção aumentou 3,0 p. p. em relação a maio e é maior entre empresários com menos de 50 empregados. Entre esses, 57,25% perceberam piora das condições do estabelecimento, o que ocorre para 38,7% dos empresários com mais de 50 empregados.
Expectativa para economia, o comércio e a empresa
O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) fechou, no mês de junho, em 125,3 pontos, 1,3 ponto acima do observado no mês anterior (124,0). Empresas com até 50 empregados marcaram 125,2 pontos de expectativa enquanto aquelas com mais de 50 empregados foram mais otimistas chegando aos 133,2 pontos.
Os empresários do comércio estão mais otimistas quanto à situação econômica futura do Brasil. No mês de junho, 56,7% projetaram melhora em relação ao cenário econômico, resultado 0,9 p.p. superior ao observado no mês anterior.
De acordo com Fernanda Gonçalves, economista da Fecomércio MG, “os dados refletem um cenário de recomposição gradual da confiança do empresariado do comércio em Belo Horizonte. Embora o índice geral ainda permaneça levemente abaixo da zona de otimismo com 99,5 pontos, a trajetória de crescimento observada desde abril demonstra uma reação positiva do setor, especialmente entre empresas de maior porte. A melhora nas expectativas para a economia e o comércio, aliada à intenção de contratação e investimentos, sugere um ambiente de recuperação otimista, mesmo diante das percepções negativas quanto às condições atuais.
Acrescido a isso, a pesquisa realizada pela Fecomercio MG, em relação a Expectativa de Vendas de Inverno, mostra que a temporada de frio impacta de forma positiva 78,0% dos segmentos do comércio de Minas Gerais abordados na pesquisa, um período sazonal de forte relevância, que impulsiona o setor e a manutenção do fôlego da economia mesmo sob desafios estruturais.” explica Gonçalves.
As expectativas para o setor aumentaram. No mês de junho, 69,9% disseram acreditar nessa evolução, percentual acima do observado em maio (67,8%). Já as expectativas dos empresários para suas empresas sofreram pequena retração. Em junho, 79,0% disseram acreditar que as vendas irão melhorar, queda de 0,3 p.p. da mesma resposta na comparação com o mês anterior.
Contratações, nível de investimento e estoques atuais
O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) fechou, no mês de junho, em 102,3 pontos, valor superior ao observado em maio (101,5). Empresas de menor e de maior porte mostraram-se igualmente confiantes com pontuação acima de 100 pontos. Apenas os comerciantes de duráveis sinalizam pontuação abaixo do nível de confiança para investimento, aos 99,5 pontos.
No mês de junho, 66,62% dos empresários mantinham expectativa de contratação. Entre as empresas com mais de 50 empregados, 84,6% tinham a intenção de aumentar o número de funcionários. Para 52,2% dos empresários, a expectativa é de contratar pouco ante 14,4% que pretendem aumentar muito o quadro de pessoal.
Para 44,1% das empresas, o nível de investimentos está maior. Esse percentual é inferior ao observado no mês de maio (43,2%). As empresas com mais de 50 funcionários é que sustentam mais poder de investimento com 66,7% indicando que os aportes cresceram em comparação com o último mês.
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) é a principal entidade representativa do setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado, que abrange mais de 750 mil empresas e 51 sindicatos. Sob a presidência de Nadim Elias Donato Filho, a Fecomércio MG atua como porta-voz das demandas do empresariado, buscando soluções através do diálogo com o governo e a sociedade. Outra importante atribuição da Fecomércio MG é a administração do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em Minas Gerais. A atuação integrada das três casas fortalece a promoção de serviços que beneficiam comerciários, empresários e a comunidade em geral, a partir de suas diversas unidades distribuídas pelo estado.
Desde 2022, a Federação tem se destacado na agenda pública, promovendo discussões sobre a importância do setor para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. A Fecomércio MG trabalha em estreita colaboração com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, para defender os interesses do setor em âmbito municipal, estadual e federal. A Federação busca melhores condições tributárias para as empresas e celebra convenções coletivas de trabalho, além de oferecer benefícios que visam o fortalecimento do comércio. Com 86 anos de atuação, a Fecomércio MG é fundamental para transformar a vida dos cidadãos e impulsionar a economia mineira.