Consumo das famílias em BH registra oscilação negativa

1 de dez de 2021

Afetada pelas incertezas no cenário macroeconômico, a intenção de consumo das famílias de Belo Horizonte oscilou 0,3 pontos percentuais (p.p.) em novembro, atingindo 72,9 pontos. Essa é a primeira variação negativa do índice no segundo semestre de 2021. No entanto, em relação ao mesmo período do ano passado, o indicador registrou alta de 2 pontos percentuais (70,9).

Com esse resultado, o indicador permanece no nível de insatisfação, ficando abaixo dos 100 pontos, fronteira que sinaliza o otimismo do consumidor. Os percentuais compõem a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), elaborada mensalmente pela Fecomércio MG, com dados coletados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Apenas os subindicadores de emprego atual, perspectiva profissional e renda atual expandiram, assumindo 104,8 pontos, 104,7 pontos e 83,1 pontos, nesta ordem. Já os demais itens, como acesso ao crédito (de 74,9 em outubro para 72,7 em novembro); nível de consumo (48,0 para 47,3); perspectiva de consumo (74,9 para 74,3) e consumo de bens duráveis (25,8 para 23,4) recuaram na avaliação.

O analista de pesquisa da Fecomércio MG, Devid Lima, destaca que o acesso ao crédito ainda dificulta a manutenção do consumo. “Segundo a avaliação, 48,1% dos consumidores acreditam que está mais difícil conseguir empréstimo/crédito, o que afeta diretamente o poder de compra das famílias. Com a inflação em alta, o achatamento da renda e o desemprego, muitos consumidores recorrem ao crédito para manter o consumo básico”, explica.

Ainda de acordo com a pesquisa, 64,6% das famílias estão comprando menos, em comparação ao ano passado. Enquanto isso, 43,2% acreditam que irão consumir menos em relação ao segundo semestre de 2021. “Diante dessa cautela e com a proximidade das festas de fim de ano, os consumidores precisam ter mais atenção ao planejamento doméstico e pesquisar antes de adquirir qualquer produto ou serviço”, orienta Lima.

O ICF é capaz de medir, com precisão, a avaliação que os consumidores fazem, mensalmente, sobre aspectos relacionados à condição de vida de sua família. Entre esses fatores estão a capacidade e a qualidade de consumo atuais e de curto prazo, o nível de renda doméstico e a segurança no emprego.

Para elaborar a pesquisa de novembro, foram entrevistadas mil famílias residentes em Belo Horizonte nos últimos dez dias de outubro. A margem de erro da pesquisa é de 3,5% e o nível de confiança é de 95%.

Acesse, na íntegra, o relatório da pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) – Novembro/2021

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