4 de out de 2016
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc) registrou taxa média de desemprego de 11,8% no trimestre encerrado em agosto de 2016. Trata-se do maior indicador da série histórica, iniciada em 2012 e realizada em cerca de 3.500 municípios brasileiros pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população fora do mercado de trabalho chegou a 12 milhões de pessoas, 36,6% a mais que no mesmo trimestre de 2015.
O economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, avalia que a escalada do desemprego era esperada e tem como fonte a queda na atividade econômica. “Uma deterioração no mercado de trabalho era prevista, processo que vem inviabilizando uma recuperação dos setores produtivos. O consumo é o motor para o varejo e, sem emprego, a população tende a cortar consideravelmente esse componente”, aponta.
De acordo com a pesquisa, o número de empregados com carteira assinada no setor privado recuou 3,8% na comparação com o mesmo período de 2015, representando cerca de 1,4 milhão de pessoas a menos e alcançando 34,2 milhões de trabalhadores. O rendimento médio real recebido no trimestre de junho a agosto foi de R$ 2.011, valor 1,7% menor que o mesmo período do ano passado. “Ainda ocorrerão ajustes no mercado de trabalho, fato que impactará negativamente o consumo das famílias em 2016”, conclui Almeida.
Acesse a pesquisa do IBGE completa neste link.