28 de fev de 2019
A intensificação do diálogo com o setor de comércio e serviços de Minas Gerais, responsável por quase 54% dos empregos formais do Estado, norteou a visita do vice-governador Paulo Brant (Novo) à Fecomércio MG. O encontro, realizado na manhã dessa quarta-feira (27/02), reuniu o presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac, Lúcio Emílio de Faria Júnior, os diretores regionais do Sesc e Senac, colaboradores das três entidades e representantes de sindicatos.
Na oportunidade, o vice-governador conheceu as atividades realizadas pelo Sistema e ouviu sugestões de melhorias para o setor do comércio de bens, serviços e turismo do Estado. “Sabemos das dificuldades atuais do novo governo e pretendemos contribuir para que esta gestão consiga recolocar Minas Gerais no caminho do crescimento econômico”, frisou Faria.
Brant ouve demandas
A alta tributação e o excesso de burocracia no Estado pautaram a reunião. Faria, que também é presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Vestuário e Armarinhos de Belo Horizonte (Sincateva BH), ressaltou a necessidade de se rever os impostos que envolvem o segmento de moda. “Confecção é, antes de tudo, artesanato. Por isso, precisamos ter uma outra visão sobre esse ramo.”
A pesada carga tributária – bem acima de outros Estados – foi apontada por Helton Andrade, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios de Belo Horizonte (Sincopeças BH), como um empecilho para que o ramo de autopeças consiga gerar mais empregos e renda em Minas, como acontece em São Paulo, polo desse segmento. “Temos a maior malha rodoviária do país, mas os altos impostos inibem a abertura de novos negócios.”
As tentativas de aumentar a receita também esbarram na burocracia, como no caso das autoescolas, que ficam sujeitas aos critérios de formação de motoristas estabelecidos pelo Detran. “Precisamos de melhorias o segmento esse recupere”, observa o presidente do Sindicato dos Proprietários de Centros de Formação de Condutores de Minas Gerais (Siprocfc-MG), Alessandro Dias.
Diálogo como saída
O vice-governador Paulo Brant garante: o Estado sabe da necessidade de reduzir os impostos para que a economia de Minas vença as atuais dificuldades. “Essa é uma preocupação do governador Romeu Zema, que é sensível a essas demandas, pois também é empresário do setor do comércio”, ressalta.
Cauteloso, Brant reforçou a necessidade de se reduzir o déficit fiscal mineiro a começar pela diminuição de despesas. No entanto, ele enfatiza que apenas cortar despesas não resolverá o problema de Minas Gerais. “Temos que repensar as estratégias adotadas, não repetindo os erros passados. Para combater a crise, é preciso conciliar medidas de austeridade com as propostas vindas de cada setor”.