Intenção de Consumo das Famílias volta aos níveis de satisfação na capital mineira

2 de maio de 2024

Depois de 9 anos registrando insatisfação, indicador supera os 100 pontos

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) avançou 2,8% em relação ao mês de março deste ano e supera a marca dos 100 pontos. Esta é a primeira vez, desde março de 2015, que a intenção de consumo das famílias volta ao patamar de satisfação. Embora o nível de satisfação ainda seja modesto, 100,6 pontos, o mesmo deve ser comemorado, uma vez que o indicador ficou durante 9 anos com a intenção de consumo das famílias registrando níveis de insatisfação na capital mineira. Em março do ano corrente, o indicador estava em 97,9 pontos.

O indicador geral estratificado por faixa salarial mostra melhoria nas duas frentes observadas. As famílias com rendimentos médios de até 10 salários-mínimos (SM) apontaram um crescimento de 2,5%, já as famílias com rendimentos mais elevados, superiores aos 10 SM, mostram crescimento mais intenso, de 4,0%. As famílias com maiores rendimentos estão com o indicador no nível de satisfação, 121,4 pontos, enquanto as famílias com rendimentos menores ainda não chegaram lá, com 97,3 pontos, ainda se encontrando no nível de insatisfação. A pesquisa foi conduzida pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, com dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

De acordo com Gilson Machado, economista da Fecomércio MG, a intenção de consumo das famílias volta a registrar nível de satisfação e supera todos os obstáculos vivenciados nos últimos anos. O ICF atingiu esse patamar devido à melhora de alguns indicadores que impactam diretamente as famílias, e com esses avanços, faz com que as famílias fiquem mais otimistas, refletindo diretamente no indicador de intenção de consumo das famílias.

O ICF é composto por sete subindicadores, atualmente a maioria registra nível de satisfação para ambos os recortes de renda familiar. Os subindicadores gerais são: Emprego (127,7), Perspectiva Profissional (120,3), Renda Atual (112,3) e Perspectiva de Consumo (110,30). Os demais estão no patamar de insatisfação: Acesso ao Crédito (91,5), Nível de Consumo (85,4) e Momento de Duráveis (56,5).

Ao olhar para o desempenho dos subindicadores frente ao mês de março, nota-se que quase todos registraram melhora, com exceção da renda atual, que registrou uma leve redução, permanecendo praticamente inalterada. Os desempenhos foram:

  • Momento de Duráveis (10,1%)
  • Perspectiva de Consumo (4,7%)
  • Acesso ao Crédito (4,0%)
  • Emprego (2,7%)
  • Perspectiva Profissional (1,2%)
  • Nível de Consumo (0,4%)
  • Renda Atual (-0,1%)

“O indicador retornou aos níveis de satisfação em função da melhora dos subindicadores que estão abaixo da neutralidade, mas que vem gradativamente avançando com a melhora de indicadores econômicos, como a desaceleração da taxa básica de juros, que contribui com para a confiança dos consumidores, mesmo de forma mais lenta, pois impacta diretamente os índices de acesso ao crédito e momento de duráveis”. Destaca Gilson Machado.

Na comparação anual, é notável a evolução dos subindicadores que ainda se encontram no patamar de insatisfação: momento de duráveis (27,0%), nível de consumo (17,8%) e acesso ao crédito (4,9%), o que revela que essas condições estão melhores segundo as famílias, e permite que caminhem na direção positiva. A perspectiva de consumo foi outro ponto que teve um avanço expressivo na comparação anual, com crescimento de 9,9%, o que fez melhorar o patamar do subindicador, saindo de 100,4 para os atuais 110,30 pontos. Os outros apresentaram desaceleração: perspectiva profissional (2,0%), renda atual (0,3%) e emprego (0,1%).

Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.

Há 85 anos fortalecendo e defendendo o setor, beneficiando e transformando a vida dos cidadãos.

 

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