Mercado de trabalho mineiro tem o seu melhor resultado para o mês de março

9 de maio de 2024

Com 88.286 oportunidades criadas no primeiro trimestre, o número de carteiras ativas atinge o seu melhor patamar.

 

O mercado de trabalho mineiro segue aquecido no terceiro mês do ano, com a criação de 40.796 postos de trabalho, resultado de 258.452 admissões e 217.656 desligamentos. Este foi o melhor mês de março para o mercado de trabalho desde 2020, quando iniciou o Novo Caged, e o melhor resultado de empregos desde setembro de 2021.

 

Na análise realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, observa-se que o primeiro trimestre do ano corrente foi aquecido e criou mais de 88 mil novos postos de trabalho. Este trimestre foi o que gerou mais empregos líquidos desde o terceiro trimestre de 2021, quando foram criados mais de 104 mil novos postos de trabalho.

 

Para Gilson Machado, economista da Fecomércio MG, os bons números do mercado de trabalho é reflexo da demanda aquecida por profissionais para atender às necessidades do mercado de trabalho formal. Isso ocorre em função da melhora de alguns indicadores econômicos que levam à melhoria do ambiente econômico.

 

O número de carteiras ativas chega a 4,86 milhões em março do ano corrente. Este é o melhor patamar já observado para o mercado de trabalho formal desde a implantação do Novo Caged, em janeiro de 2020. O estoque de empregos atual supera o mês de outubro de 2023, mês que detinha o maior volume de carteiras ativas no estado (4.818.602). E conforme os últimos dados do Caged, foram adicionados a esse volume 40.672 novos profissionais.

 

Os postos de trabalho criados no mês de março foram predominantemente do vínculo típico (70%), contratos que se aproximam mais dos contratos considerados como contrato tradicional. Em relação aos vínculos por setor, os setores da construção e indústria registraram extinção de postos de trabalho considerados sazonais “não-típicos”, enquanto o setor da agropecuária registrou a grande maioria das contratações, 65,6%, não-típicos. Enquanto os setores do comércio e serviço apontaram maior proporção de contratações tidas como tradicionais, com 56,3% e 73,1%, respectivamente.

 

O salário fixo médio de admissão foi de R$ 1.930,66, refletindo um valor inferior ao contexto nacional em 7,2% (R$ 2.081,50) e inferior à região sudeste em 12,9%, que registrou R$ 2.217,24. O estado mineiro registrou o oitavo maior salário fixo médio de admissão no mês de março quando comparado às demais Unidades da Federação.

No que tange à geração de oportunidades por setor, comércio e serviço, que compõem o setor terciário, geraram 23.495 vagas e foram responsáveis por 57,6% de todas as vagas do mês de março. Seguidos dos setores da agropecuária (8.332), indústria (4.851) e construção (4.119). Dentro do setor terciário, as atividades que mais criaram empregos líquidos foram:

 

  • Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios – Supermercados (2.348)
  • Transporte Rodoviário de Carga, Exceto Produtos Perigosos e Mudanças, Intermunicipal, Interestadual e Internacional (1.561)
  • Serviços de Engenharia (1.299)
  • Serviços Combinados de Escritório e Apoio Administrativo (1.193)
  • Atividades de Atendimento Hospitalar, Exceto Pronto-Socorro e Unidades para Atendimento a Urgências (889)

 

As micro e pequenas empresas seguem contratando mais profissionais em detrimento aos demais setores. No mês corrente, 56,7% das contratações foram realizadas por empresas destes portes. O setor de serviço foi o que registrou maior volume de contratação em quase todos os portes, sendo 17,5% nas microempresas, 14,7% nas empresas de grande porte e 8,5% em empresas de pequeno porte.

 

Os motivos de desligamentos que seguem chamando a atenção são o pedido de desligamento por parte do profissional, que no mês de março teve uma proporção de 35,3%, o que resultou em um incremento de 0,9 pontos percentuais em relação ao mesmo período do último ano (34,4%). Já os términos de contrato por prazo determinado registraram um aumento de 1,0 ponto percentual. No mês corrente foi de 12,3%, enquanto em março de 2023 registrou 11,3%. O primeiro trimestre de 2024 registrou um aumento em relação ao trimestre imediatamente anterior de 3 pontos percentuais (31,7%) e de 2,0 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2023 (32,7%).

 

“O mercado de trabalho aquecido faz com que os profissionais que estão trabalhando migrem de uma empresa para outra, em função de propostas mais interessantes ou para assumir posições que julguem estarem mais alinhadas com os seus objetivos profissionais. Em função disso, notamos um aumento na proporção de pedidos de desligamentos por parte dos profissionais. Esse tipo de desemprego é considerado natural no mercado de trabalho e sempre tem maior predominância em momentos em que o mercado de trabalho está mais aquecido”, destaca Gilson Machado.

 

O perfil de contratações em março foi marcado pela entrada dos mais jovens no mercado de trabalho, até 24 anos, que ocuparam 25.152 postos dos 40.796 criados. Em contraste, os profissionais mais seniores perderam espaço no mercado de trabalho formal, com a extinção de 851 postos de trabalho para profissionais com idade igual ou superior aos 60 anos.

 

Os profissionais que possuem algum nível de educação conquistaram espaço no mercado de trabalho, com destaque para aqueles que possuem o ensino médio completo, que ocuparam 59,1% dos empregos líquidos no mês. Por outro lado, os profissionais que não tiveram acesso à educação “analfabetos” perderam espaço no mercado de trabalho formal, com a baixa de 480 carteiras.

 

Acesse a análise completa

 

Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.

Há 85 anos, fortalecendo e defendendo o setor, beneficiando e transformando a vida dos cidadãos.

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