8 de fev de 2019
A Secretaria de Fazenda de Minas Gerais (SEF MG), no dia 5 de fevereiro, estabeleceu a obrigatoriedade da emissão da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e), prevista no regulamento do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (RICMS), no artigo 130, do decreto 43.080/2002. A resolução, nº 5234/2019, foi publicada no Diário Oficial do Estado e determina que a mudança seja feita por etapas, com início em março de 2019 e final em fevereiro de 2020.
Segundo a advogada da Fecomércio MG, Mariel Orsi Gameiro, a NFC-e irá acobertar as operações de varejo com entrega imediata ou em domicílio, destinadas ao consumidor final não contribuinte do ICMS e substituirá a Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, e o Cupom Fiscal emitido por equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF. “Existe a exceção nos casos em que se tratar de comércio eletrônico, nas operações de venda pela internet”, complementa.
A receita bruta anual, identificado no ano-base 2018, será relativa a todos os estabelecimentos da empresa localizados no Estado; o produto da venda de bens e serviços nas operações por conta própria; o preço dos serviços prestados (mesmo que não sujeitos ao ICMS); e o resultado auferido nas operações por conta alheia (não incluído o Imposto sobre Produtos Industrializados); bem como as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
Confira o cronograma:
1º de março de 2019
Empresas que se inscreverem no Cadastro de Contribuintes do Estado de Minas Gerais a partir dessa data;
1º de abril de 2019
Contribuintes enquadrados no código 4731-8/00 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), e contribuintes cuja receita bruta seja superior ao montante de R$100.000.000,00 (cem milhões de reais);
1º de julho de 2019
Contribuintes cuja receita bruta seja superior ao montante de R$15.000.000,00 (quinze milhões de reais) até o limite de R$100.000.000,00 (cem milhões de reais);
1º de outubro de 2019
Contribuintes cuja receita bruta seja superior ao montante de R$ 4.500.000,00 (quatro milhões e quinhentos mil reais) até o limite de R$15.000.000,00 (quinze milhões de reais);
1º de fevereiro de 2020
Contribuintes cuja receita bruta seja inferior ou igual ao montante de R$ 4.500.000,00 (quatro milhões e quinhentos mil reais) e demais contribuintes.
A advogada também alerta que, a obrigatoriedade de emissão de NFC-e prevista nessa resolução não se aplica ao Microempreendedor Individual (MEI), sendo esse disposto pelo art. 18-A da Lei Complementar Federal, nº 123, do ano de 2006.
Para outras informações, entre em contato com o Departamento Jurídico da Fecomércio MG pelo telefone (31) 3270-3330 ou pelo e-mail: juridico@fecomerciomg.org.br.