9 de nov de 2023
Análise produzida pelo Economista da Fecomércio MG, Gilson Machado
Os dados da pesquisa mensal do comércio indicam que Minas Gerais encerra o terceiro trimestre de 2023 com um crescimento mais intenso do que o observado no contexto nacional, tanto no varejo restrito quanto no ampliado. Mesmo com um desempenho positivo e um ambiente econômico melhor em relação ao mesmo período do ano passado, não é suficiente para que o volume de atividade do comércio registre um desempenho positivo em todas as atividades que compõem os indicadores.
No comércio restrito, Minas apresenta um desempenho de 2,9% nos primeiros nove meses de 2023, enquanto no Brasil, o crescimento é de 1,8%. Destaca-se que, nessa abertura, o estado mineiro mantém um crescimento estável, enquanto a variação nacional mostra um aumento nos últimos meses.
A principal atividade contribuinte para o desempenho do varejo restrito em Minas Gerais é hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, representando mais de 50% de peso em ambos os contextos e registrando um avanço no acumulado do ano de 6,0% no estado mineiro e de 3,6% no Brasil. Por outro lado, atividades como tecidos, vestuário e calçados, livros, jornais, revistas e papelaria, e outros artigos de uso pessoal e doméstico têm quedas expressivas, prejudicando o indicador de volume de atividade no comércio restrito.
Ao abordar os dados no varejo ampliado, Minas Gerais registra um crescimento de 2,5%, enquanto o Brasil registra 2,4%. Notam-se diferenças nas atividades que contribuem para esse desempenho entre os dois contextos. No Brasil, adicionando as atividades do varejo restrito, veículos, motocicletas, partes e peças (com peso de 16,8%) registram um desempenho acumulado no ano de 6,9%, enquanto atacado e varejo de material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (com peso de 23,6%) seguem apontando desaceleração. Isso traz reflexos negativos para o varejo ampliado no Brasil.
Em Minas Gerais, o atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (com peso de 16,1%) registra um crescimento de 13,5%, enquanto veículos, motocicletas, partes e peças, e atacado e varejo de material de construção (somados com peso de 23,5%) apontam desaceleração no indicador.
Contudo, é essencial destacar a importância do estado de Minas Gerais dentro do contexto econômico, pois possui o segundo maior peso no volume de vendas no Brasil, com 9,5%, atrás apenas do estado de São Paulo.
Sendo assim, espera-se que o último trimestre do ano seja mais aquecido e contribua para um melhor desempenho do comércio tanto no estado de Minas Gerais quanto em contexto nacional.
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.
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