7 de jul de 2015
Em um momento delicado para a economia brasileira em que inflação alta, crédito restrito e desemprego crescente configuram o cenário, é essencial entender a dinâmica do mercado e saber identificar as oportunidades em cada setor. Para o comércio varejista de Minas Gerais, assim como para os outros setores, 2015 tem sido um ano de percalços; evidência disso é que o volume de vendas apresentou retração de 5,3% no acumulado.
Segundo levantamento realizado pela Fecomércio MG, os ramos que mais geraram vagas no Estado no acumulado em 12 meses até maio foram: hiper e supermercados (6.197); farmácias, perfumarias e cosméticos (2.455); materiais de construção (837); e combustíveis e lubrificantes (337). No sentido inverso, os setores de automóveis e autopeças, vestuário e acessórios, livros e papelarias e móveis e eletrodomésticos incorreram em fechamento de vagas.
“Podemos perceber que as oportunidades se concentram, principalmente, nos setores que comercializam bens de primeira necessidade, como alimentação e medicamentos, que não dependem do crédito e são essenciais para sobrevivência”, afirma Guilherme Almeida, economista da Fecomércio MG.
Além disso, os dados obtidos no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), apontam que os trabalhadores mais jovens estão alocados, em sua maioria, nos segmentos de hiper e supermercados e materiais de construção (40,96% e 34,28%, respectivamente). Os mais experientes, por sua vez, estão empregados nos setores de farmácias, perfumarias e cosméticos (22,72%) e combustíveis e lubrificantes (25,61%).
Quanto ao grau de instrução, em linhas gerais, a maioria dos trabalhadores nesses quatro setores possuem ensino médio completo. Assim como o observado para o Brasil, em Minas o setor de farmácias, perfumarias e cosméticos possui a maior presença de profissionais com ensino superior completo, o que corrobora o fato de que os salários médios nesse ramo são os mais altos entre os setores apresentados.