13 de dez de 2018
O ano de 2019 começa em menos de um mês, com grandes expectativas acerca da condução da política econômica brasileira. Após um período de recessão, seguido por um 2017 e um 2018 de lenta retomada do crescimento, a perspectiva é de que a recuperação possa ser acelerada, caso o novo governo consiga implementar as reformas tão debatidas nos últimos anos e ao longo do período eleitoral. No caso do comércio internacional, espera-se uma postura mais liberal do Brasil, possibilitando incremento das importações e desenvolvimento de novos mercados para as exportações.
As análises são do economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, e do professor de Comércio Exterior e Negócios Internacionais da GS Educacional, Henrique Mascarenhas, parceiro da Federação. “Em 2017, observamos uma melhoria generalizada nos indicadores macroeconômicos relacionados ao consumo. Inflação baixa e consequente crescimento da massa salarial real, juros em queda e retomada do emprego, ainda que de forma moderada, foram ingredientes importantes para fomentar a volta do consumo das famílias. No próximo ano, devemos manter o mesmo ritmo, embora haja potencial para uma aceleração. Isso será ditado pela confiança das empresas e consumidores”, resume Almeida.
Veja alguns pontos destacados pelos especialistas da entidade:
*Importações: existe uma sinalização de redução de barreiras e tarifas para a compra de vários produtos em outros países. Aliado à queda do dólar, a abertura possibilitará um incremento das importações. Isso contribui para a redução da inflação no Brasil, pois aumenta a competitividade no comércio.
*Exportações: o novo governo também fala em novos acordos comerciais, a fim de reduzir a dependência do Brasil das vendas para o Mercosul. Entretanto, é preciso atenção ao mal-estar gerado com a China e com países árabes, em função de declarações polêmicas, que podem afetar diretamente diversas empresas exportadoras.