12 de jun de 2020
Após a liberação da fase 2, ocorrida na última semana, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) optou por manter o funcionamento do setor de comércio e serviços, sem ampliar a reabertura de novas atividades. O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira (12/06) pelo prefeito Alexandre Kalil. A Fecomércio MG recebe com preocupação a notícia da não ampliação da reabertura por avaliar que o momento exige união em favor de um bem comum à sociedade: a saúde da população e a manutenção da economia, condições fundamentais para a recuperação social e econômica de todo o Estado de Minas Gerais.
A Federação confia que a situação seja restabelecida no menor tempo possível, a partir do diálogo entre a PBH e as entidades representativas dos segmentos empresariais que ainda não foram autorizados a funcionar. A Fecomércio MG destaca ainda que a abertura do diálogo anunciada pelo prefeito Alexandre Kalil é extremamente positiva para que se possa equilibrar as demandas da economia, sem perder o controle em relação ao avanço do novo coronavírus na capital.
Com a decisão, continuam funcionando os estabelecimentos liberados na fase 1, ocorrida em 25 de maio, tais como salões de belezas, shoppings populares, papelarias, além de lojas de artigos domésticos, acessórios e peças de veículos. Já a fase 2, autorizada no dia 8 de junho, contemplou o comércio varejista e atacadista de artigos usados; artigos esportivos, de camping e afins; calçados; artigos de viagens; artigos de joalheiras; souvenirs, bijuterias e artesanatos; plantas, flores e artigos para animais (exceto comércio de animais vivos); bebidas (sem consumação no local); instrumentos musicais e acessórios; objetos de arte e decoração; e tabacaria, armamentos e lubrificantes.
Como norma em todas as liberações, os estabelecimentos contemplados devem respeitar protocolos sanitários, como o uso obrigatório de máscaras, a exposição de cartazes educativos e o respeito ao distanciamento social.
Entidade reforça importância da reabertura
A Fecomércio MG ressalta que muitas empresas ainda aguardam para retomar suas atividades na capital mineira. Na avaliação da entidade, os empresários do comércio de bens, serviços e turismo temem que haja uma aceleração no índice de desemprego na cidade, caso a reativação da economia não continue.
A Federação destaca que, como medida de contenção e preservação dos empregos, muitos empresários aderiram às diretrizes da Medida Provisória (MP) 936/2020, que permitiu a suspensão de contratos de trabalho pelo prazo de 60 dias. Logo, desde o dia 1° de junho de 2020, os estabelecimentos empresariais não puderam mais se valer da suspensão, encontrando grandes dificuldades para preservar esses empregos. Afinal, com os estabelecimentos fechados e sem qualquer previsão de retomada total das atividades em Belo Horizonte, muitos empresários não terão condições de arcar com os custos dos seus negócios.
Não por acaso, somente a capital mineira perdeu mais de 20 mil postos de trabalho formal, que somadas as perdas em Minas Gerais chegam a 88.298 vagas extintas em todos os setores, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de maio, divulgado pelo Ministério da Economia.