29 de jul de 2025
De acordo com a pesquisa Intenção de Consumo das Famílias (ICF), analisada pelo núcleo de Pesquisa & Inteligência da Fecomércio MG, e aplicada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), em Belo Horizonte, o ICF aumentou 1,4 ponto indo a 89,5 pontos em julho. O nível de satisfação é atingido aos 100 pontos. As famílias da capital mostram que estão comprando mais do que em julho do ano passado e a perspectiva de consumo para os próximos meses aumentou 4,6 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
A segurança em relação ao emprego atual subiu 3,1 pontos em julho, chegando a 102,4 pontos, mas sendo 25,1 pontos inferior ao verificado no ano passado (125,5). De acordo com o ICF, 26,5% das famílias belo-horizontinas sentem-se mais seguras no seu emprego, em relação a julho de 2024.
Na comparação com julho do ano passado, a renda atual repetiu a pontuação de junho, ficando em 97,5 pontos, sendo 5,4 menor do que a do mesmo período de 2024 (102,9). Para 46,8% dos entrevistados, a renda está igual à do ano passado e para 25,3%, a renda da família está melhor do que em julho de 2024.
O acesso ao crédito ficou mais difícil em julho com retração de 3,1 pontos em relação ao mês anterior. Para 42,9% dos consumidores está mais difícil fazer compras a prazo, em comparação ao ano passado. As famílias com ganhos de até 10 salários-mínimos sentem mais essa dificuldade, 45,7% delas. Já entre as famílias com renda acima daquela faixa salarial, a dificuldade de obter crédito atinge um percentual de 25,3%.
A comparação do nível de consumo, com mesmo período de 2024, indica que as famílias belo-horizontinas estão comprando mais do que no ano passado. Houve acréscimo de 1,3 ponto nesse subindicador que chegou à 78,5 pontos, sendo 3,3 pontos acima do obtido no mesmo período do ano passado. Para 46,6% dos entrevistados, a família está comprando menos, na comparação com 2024, enquanto 25,1% afirmaram comprar, atualmente, mais.
A perspectiva de consumo, em comparação com o segundo semestre do ano passado, subiu 4,6 pontos, atingindo 111,2 pontos e é 7,1 pontos superior ao observado no mesmo período de 2024. Segundo 37,7% dos entrevistados, eles irão consumir mais nos próximos meses do que consumiram no segundo semestre do ano passado. Para 35,4%, o consumo será igual ao do segundo semestre de 2024.
Já a intenção de consumo de bens duráveis segue em tendência de queda tendo sido, em julho, de 53,9 pontos, resultado inferior ao obtido na última análise (54,7). Ainda assim, foi 5,8 pontos acima do verificado em mesmo período do ano passado.
Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG, avalia que apesar do índice de consumo das famílias belo-horizontinas ainda estar em um nível de insatisfação podemos notar uma retomada deste indicador nos últimos meses, o que é um ótimo indicador para as vendas no comércio. “É possível observar uma alta da intenção de consumo das famílias por três meses consecutivos, o que é um ótimo sinal para o comércio. Notamos que a perspectiva de consumo vem aumentando de maneira expressiva. Esse aumento, por sua vez, vai ao encontro da satisfação das famílias no seu emprego atual e na perspectiva profissional. O aumento da segurança das famílias no mercado de trabalho há uma tendência de maior confiança na hora de consumir”, explica Martins.
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Sobre a Fecomércio MG
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