Setor de materiais de construção prevê melhora em 2016

16 de mar de 2017

[vc_row][vc_column][vc_column_text disable_pattern=”true” align=”left” margin_bottom=”0″]Após um 2016 desafiador, a expectativa da maioria dos empresários do setor de materiais de construção é de um primeiro semestre mais favorável. A percepção é um dos resultados de uma pesquisa da área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, em parceria com o Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Tintas, Ferragens e Maquinismos de Belo Horizonte e Região (Sindimaco), realizada em Belo Horizonte, Betim, Confins, Contagem, Lagoa Santa, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Sabará, São José da Lapa e Vespasiano.

O estudo indica que cerca de 86% estão confiantes no crescimento ou, ao menos, na manutenção do faturamento nesse período, na comparação com os últimos seis meses de 2016. Na última avaliação, esse percentual era de 66,7%. Em linha com esse pensamento, 93,5% dos entrevistados projetam que a saúde financeira do próprio negócio permanecerá igual ou melhor, na mesma base de comparação.

O otimismo é resultado de uma recuperação, ainda que lenta, de indicadores econômicos relativos ao consumo, em especial, a queda nos juros. “A inflação está bem menor agora – abaixo dos 6% -, enquanto, no mesmo período do ano passado, estava na casa dos 10%. Isso se traduz em uma menor pressão sobre os preços, e tende a provocar um alívio orçamentário às famílias”, argumenta o economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida.

Além disso, no caso desse segmento, a redução gradativa e, nos últimos meses, mais acentuada, da taxa Selic, tem contribuição importante para atrair os clientes. “Ela é referência para os juros cobrados do consumidor, que deve sentir esses efeitos no médio prazo. Tal iniciativa é fundamental para o varejo da construção civil, que trabalha com as vendas a prazo em maior escala”, completa.

O presidente do Sindimaco BH e Região, Júlio Gomes Ferreira, reforça a análise de Almeida, pontuando que incertezas no cenário político do país ainda geram insegurança. “Passamos por um processo recessivo que se reflete no setor, especialmente com o desemprego acentuado e o recuo substancial da renda. Para 2017, porém, percebemos um alento, com a queda dos juros e da inflação, além de medidas pontuais, como a liberação dos recursos do FGTS. Isso aumenta a circulação de dinheiro na economia”, pondera. Ele acrescenta que as promoções e liquidações, assim como o alongamento dos prazos, foram e continuarão sendo ferramentas importantes para atração dos clientes para as lojas.

Postos de trabalho

O aquecimento esperado para o primeiro semestre deve ser responsável por gerar cerca de 50 postos de trabalho na atividade em BH e nas outras cidades pesquisadas, conforme estimativa da Fecomércio MG, com base na opinião do empresariado. Uma boa notícia, embora o número de contratações seja pequeno para recuperar as 300 demissões ocorridas de julho a dezembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged/MTE).

Essa extinção de vagas foi um dos efeitos do desempenho negativo no segundo semestre de 2016. O estudo da Fecomércio MG revela que 53,4% dos entrevistados obtiveram vendas piores no comparativo com os primeiros semestres do ano, enquanto 75% registraram retração sobre o mesmo período de 2015. A saúde financeira da empresa apresentou deterioração em 49,7% dos casos, embora, para a maioria (50,3%), ainda tenha sido possível manter ou superar o semestre anterior, apesar do cenário adverso.

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