27 de abr de 2016
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), realizada em cerca de 3.500 municípios brasileiros pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou taxa média de desemprego de 10,2% no trimestre encerrado em fevereiro de 2016. Trata-se do maior indicador da série histórica, iniciada em 2012. A população fora do mercado de trabalho chegou a 10,4 milhões de pessoas, 40% a mais que o observado no mesmo trimestre de 2015.
O economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, ressalta que a escalada do desemprego é fruto da queda da atividade econômica observada durante o ano passado e início de 2016. “O desemprego responde com certa defasagem às oscilações na atividade econômica. Sendo assim, com um cenário recessivo, esperamos deterioração adicional no mercado de trabalho”, avalia.
De acordo com a pesquisa, o número de empregados com carteira assinada no setor privado recuou 3,8% no trimestre avaliado, em relação ao mesmo período de 2015, representando cerca de 1,4 milhão de pessoas a menos. O rendimento médio real recebido no trimestre de dezembro a fevereiro foi de R$ 1.934, valor 3,9% menor do que em 2015.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), apontaram que, no primeiro trimestre de 2016, foram fechados cerca de 319 mil postos de trabalho em todos os setores da economia brasileira, com destaque negativo para o comércio, responsável por pouco mais da metade desses fechamentos (168.353). Em Minas Gerais, mais de 26 mil empregos foram encerrados, sendo 22 mil atribuídos ao setor terciário.
Acesse a pesquisa completa por meio deste link.