15 de fev de 2019
As vendas no varejo restrito nacional cresceram 2,3% em 2018, como mostra a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta do indicador é a maior em cinco anos. Apesar disso, os aumentos registrados em 2017 (+2,1%) e 2018 (+2,3%) não foram suficientes para compensar as perdas do biênio 2015-2016. De acordo com o instituto, o setor ainda está 7% abaixo do patamar que operava em 2014.
No varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, motos, partes e peças, as vendas subiram 5%, o melhor resultado desde 2012 (8%). “Apesar do crescimento, os dados mostram a perda de fôlego do setor no segundo semestre. A alta do dólar, as incertezas diante do período eleitoral e a ainda lenta recuperação frearam a demanda familiar”, avalia o economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida.
No recorte por segmentos, o bom desempenho de 2018 foi influenciado, principalmente, pela atividade de veículos, motos, partes e peças, com alta de 15,1%, a maior taxa desde 2007. As melhores condições de financiamento e a redução de 30% de impostos sobre carros importados impulsionaram as vendas nessa atividade.
Acompanharam o ritmo de expansão os seguintes segmentos: outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,6%), artigos farmacêuticos (5,9%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,8%), material de construção (3,5%) e tecidos, vestuário e calçados (1,7%). Enquanto as vendas de artigos para escritório, informática e comunicação apresentaram estabilidade (0,1%), os segmentos de móveis e eletrodomésticos, combustíveis e lubrificantes e livrarias e papelarias apresentaram recuos de 1,3%, 5% e 14,7%, respectivamente.
MG: destaque no varejo ampliado
Apesar da relativa estabilidade apresentada nas vendas do varejo restrito (-0,1%), o varejo ampliado mineiro atingiu um volume vendido 3% superior ao observado em 2017. Apesar de ser o melhor desempenho desde 2012, o indicador ficou abaixo da média nacional (5%). As atividades ligadas ao varejo de veículos, motos, partes e peças (19,6%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (12,7%), hipermercados e supermercados (10,8%), artigos farmacêuticos (6,6%), material de construção (4,7%) e tecidos, vestuário e calçados (1,9%) impactaram positivamente o resultado.
Na outra ponta, o volume de vendas recuou nos segmentos de livrarias e papelarias (-5,6%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-11,8%), combustíveis e lubrificantes (-17,6%) e móveis e eletrodomésticos (-19,5%).