23 de set de 2024
O segmento de varejo restrito em Minas Gerais mostrou recuperação no mês de julho. Apesar de negativo, o percentual de -0,1% expressa melhor desempenho do que o verificado em junho, quando o varejo restrito registrou desaceleração de -1,4% no estado. O dado foi apurado em análise realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG utilizando os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE.
O segmento do varejo restrito não contempla os itens enquadrados no varejo ampliado, cujo desempenho é analisado separadamente e é constituído pelas vendas de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo. O varejo ampliado obteve crescimento de 0,4% no mês de julho em Minas Gerais.
Quando se compara o desempenho do varejo restrito no estado, no mês de julho de 2024 frente a julho de 2023, a análise indica crescimento de 4,0%. A alta foi puxada por equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (77,1%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (15,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (13%).
De janeiro a julho, o varejo restrito consegue melhor performance com crescimento de 4,9% no estado. As vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação lideram nesta frente de análise com 93,5% de crescimento. Outros artigos de uso pessoal e doméstico comparecem com 17,8% de alta e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos vão a 14,8%.
Nos últimos 12 meses, a elevação se manteve estável aos 4,3% com o crescimento do varejo também puxado pelas vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação e de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos. Nesta frente de análise, as vendas de supermercados aparecem na terceira posição, com elevação de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo a 7,1%.
As vendas de material de construção, com 11% aumento, puxaram a elevação do comércio ampliado mineiro na comparação de julho de 2024 com julho de 2023 para 8,5% de crescimento. No acumulado do ano, o varejo ampliado cresceu à taxa de 2,5%.
Nos últimos 12 meses, o varejo ampliado cresceu 1,9% no estado. Duas das três atividades que contribuem para o varejo restrito e consolidam o ampliado, registraram uma aceleração em Minas: atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo com 7,1% e material de construção com alta de 0,6%.
De acordo com Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG, vários fatores contribuíram para os índices positivos observados no Brasil e em Minas Gerais. Primeiramente a recuperação do mercado de trabalho, com a redução da taxa de desemprego, mais pessoas passaram a ter renda disponível para gastar, o que se refletiu no aumento das vendas. Outro fator é o crescimento das vendas online, continuou a ser um impulso significativo para o crescimento do comércio varejista. A pandemia impulsionou a digitalização do comércio, e muitos consumidores mantiveram seus hábitos de compra online, mesmo após a reabertura das lojas físicas. A diversificação do portifólio de produtos também é um importante motor, pois a capacidade dos comerciantes de se ajustarem às novas exigências do mercado foi crucial. Diversos varejistas apostaram em inovação e aprimoramento da experiência do cliente, seja por meio de serviços de entrega mais eficientes, seja pela oferta de produtos que atendem melhor às expectativas dos consumidores”, explica Martins.
>> Acesse dados da análise da PMC
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.
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